A região de Paranapiacaba e Parque Andreense receberá replantio de espécies nativas da Mata Atlântica e raras a partir do começo do segundo semestre. A necessidade foi identificada em estudo iniciado em 2010 para mensurar a cobertura vegetal do espaço de 87 km², uma das áreas de mananciais do Grande ABC.

O estudo indicou que a área sem vegetação equivale a apenas 0,27% da extensão total, algo em torno de 1.000 m². Além de trechos degradados pela ação do homem, esse percentual concentra terrenos particulares e áreas por onde passam linhas de transmissão, gasoduto, ferrovia e rodovia.

O reflorestamento incluirá ações de educação e mobilização ambiental, além de plantio de mudas como araticum do mato, tapirira, cega machado, entre outras. A Prefeitura não soube informar o valor do investimento nem quais áreas receberão as mudas. O cálculo faz parte da próxima etapa do projeto.

ESTUDO

Com custo estimado em R$ 326,2 mil, o estudo identificou área de mata densa acima de 5.000 m², extensão de 7.298,76 hectares - 86,3% da área total.

Outro aspecto positivo é o fato de 45,2% da área total ser de vegetação em estágio secundário avançado - espaço já degradado e em fase de regeneração por processo natural (ação do vento ou da fauna) ou replantio.

"Isso não quer dizer que a área foi devastada pelo corte raso da floresta. Extração de espécies e ação de poluentes interferem", explica o diretor do Departamento de Meio Ambiente da Secretaria de Gestão de Recursos Naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense, Milton de Marchi.

Para o professor de Engenharia Ambiental da Fundação Santo André, Murilo Valle, esse processo de regeneração representa resultado de políticas públicas iniciadas há no mínimo oito anos.