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Final do Paulistão já começou fora de campo

Testagem das delegações e arbitragem apimentam dérbi decisivo entre corintianos e palmeirenses

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
03/08/2020 | 23:59
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Pixabay


A bola começará a rolar para a final do Campeonato Paulista às 21h30 de amanhã, na Arena de Itaquera. Porém, extracampo o duelo entre Corinthians e Palmeiras já iniciou ontem, repleto de polêmicas e alfinetadas que servem para apimentar ainda mais o jogo entre os dois maiores rivais do Estado – os alvinegros buscam o tetracampeonato seguido, enquanto os alviverdes querem cessar jejum de 12 anos sem conquistar o torneio.

O Timão, por exemplo, anunciou que não fará o teste para a Covid-19 antes da partida desta quarta-feira por estar dentro dos protocolos, mantendo toda a delegação isolada, apontando que o adversário é que estaria contrariando o que fora estabelecido ao liberar atletas a irem para casa após os jogos.

“O Sport Club Corinthians Paulista atuou contra o Mirassol (domingo) com toda sua delegação testada. Após a partida, o clube continuou com seu grupo isolado, o que, de acordo com o protocolo, não obriga realização de novo teste para o próximo jogo; a Sociedade Esportiva Palmeiras optou por não manter os atletas confinados e concentrados após a partida contra a Ponte Preta. Assim, seguindo o mesmo conceito do protocolo, antes da concentração para a partida seguinte, a delegação deve ser testada”, manifestaram-se, via nota, os corintianos, após o presidente Andrés Sanchez indicar, em reunião com a FPF (Federação Paulista de Futebol) e com o Palmeiras, que este seria o posicionamento de seu clube. A situação irritou o mandatário do Verdão, Mauricio Galiotte, que pretendia realizar testes no time e queria que os adversários fizessem o mesmo.

No fim das contas, a Federação, sem criar caso, admitiu que ambas as equipes adotaram comportamento correto. “A FPF informa ainda que, em comum acordo com os dois clubes, serão realizados testes de PCR-RT em ambas delegações, estando concentradas ou não, antes da partida decisiva, marcada para sábado, às 16h30. Os testes serão realizados pelo Albert Einstein”, publicou.

Além destas controvérsias sobre testagem, outro assunto que entrou em pauta – levantado pelo assessor técnico palmeirense, Edu Dracena – se refere aos árbitros responsáveis pelos clássicos – o primeiro será apitado por Raphael Claus. O ex-zagueiro e atual dirigente alviverde citou a final de dois anos atrás, quando uma penalidade marcada por Ralf em Dudu foi reconsiderada após oito minutos de paralisação – os palmeirenses alegaram que houve interferência externa; a partida foi aos pênaltis e o Timão saiu do Allianz Parque com o título.

“Não vou citar aqui, porque todo mundo já sabe o que aconteceu. Tomara que possamos estar falando no sábado do jogo, um jogo bonito, decidido dentro de campo, entre os 22 jogadores. E não ficar falando de lances polêmicos para não estragar o campeonato”, disse Dracena à TV Gazeta. “Clássico e final envolvem muita coisa. Temos que estar bem tranquilos, mas, da mesma forma, ligados para que esses detalhes não façam diferença, como fizeram em alguns jogos.” 




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