Política Titulo Atuação em Araçatuba
Justiça inocenta Márcio Chaves em ação de improbidade

MP acusava atual secretário de Saúde de Sto.André de irregularidades em convênio

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
28/07/2020 | 00:01
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A Justiça de Araçatuba, no Interior de São Paulo, inocentou Márcio Chaves (PSD), hoje secretário de Saúde em Santo André, em ação de improbidade administrativa. Autor do processo, o Ministério Público atribuía ao pessedista responsabilidade por irregularidades em convênio firmado na gestão de Cido Sério (ex-PT, hoje Republicanos), que governou Araçatuba entre 2009 e 2012.

O MP alegava que Márcio Chaves, secretário de Governo em Araçatuba à época, e o então prefeito firmaram contratos com a Avape (Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência) camuflados de convênios, sem licitação, nas áreas de saúde e de assistência social. A promotoria argumentava que não havia “justificativa plausível” para a contratação da associação, que custou R$ 33,3 milhões e que a gestão de Cido Sério favoreceu a entidade no processo.

Em sua sentença, o juiz José Daniel Dinis Gonçalves citou outras decisões judiciais que reconheceram a regularidade dos convênios e afastou a responsabilidade de Márcio Chaves e do ex-prefeito. “Não há nos autos elementos a indicar a prática dos atos de improbidade a eles imputados. Não há nos autos elementos aptos a indicar a clara intenção de se locupletarem em prejuízo do ente público, tampouco tenham se aproveitado dos poderes ou facilidade deles decorrentes em proveito pessoal ou de outrem ou com o intuito de prejudicar o ente estatal deliberadamente, ausente demonstração de má-fé ou dolo no comportamento dos réus”, diz trecho da sentença.

O magistrado, por outro lado, destacou que houve “ilicitude na execução dos convênios”, atribuindo exclusivamente à Avape problemas na prestação de contas. Ao contrário de Chaves e do ex-prefeito, a Avape foi condenada a devolver R$ 12,3 milhões ao erário e proibida de contratar com o poder público por dez anos.

Ao Diário, Márcio Chaves classificou a decisão como “reparação”. “Eu tinha a minha consciência tranquila de que eu nunca participei de nenhuma ilegalidade. Suportei esse período, sobretudo no campo político. É uma reparação. Se antes eu já dormia com a consciência tranquila, agora também tenho o atestado de que não houve nenhuma irregularidade”, disse.  




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