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Fiat lança motor inédito, capaz de funcionar com quatro combustíveis
Por Lana Pinheiro
Do Diário do Grande ABC
17/06/2006 | 12:11
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A Fiat começará a vender, em julho, seu primeiro carro capaz de rodar com gasolina pura, álcool, qualquer mistura dos dois, além do GNV (Gás Natural Veicular). O Siena Tetrafuel terá acréscimo de R$ 5 mil no preço do modelo convencional e sairá por R$ 31.763 para os taxistas, principal público da empresa, que compra veículos com IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) reduzido.

Segundo estimativas de Cledorvino Belini, presidente da empresa, de 2 a 3 mil unidades devem ser vendidas em um ano no mercado interno. “É um produto para nicho muito específico do mercado”, diz. Outras mil unidades devem ser comercializadas na América Latina, sobretudo na Argentina.

Pelos testes feitos pela empresa, um carro que roda 160 km/dia tem retorno sobre o adicional do preço do veículo em cinco meses. Mas, apesar das boas perspectivas com o produto, a empresa não planeja estender a tecnologia a outros veículos da linha.

Sistema – Desenvolvido pela Magneti Marelli, empresa do grupo Fiat, a tecnologia tetrafuel ficou em estudos por quatro anos na sistemista e 2,5 anos na montadora. Juntas as empresas investiram R$ 40 milhões no projeto.

Diferente da tecnologia usada pela General Motors no Astra, no Siena uma única central eletrônica regula automaticamente o uso do combustível. Na partida, o sistema escolhe o líquido, em condições normais de rodagem ele muda para o gás e quando o motorista exige mais do veículo ele volta para o álcool ou gasolina. O motorista não tem meios de interferir na escolha. No veículo da GM, a opção é do motorista que gira uma chave acoplada ao painel conforme o combustível que quer usar.

“Com a escolha inteligente, temos o melhor desempenho do veículo em todas as ocasiões”, explica Belini. “Estamos completando 30 anos de Brasil convidando as pessoas a pensarem no futuro. O lançamento dessa nova tecnologia é a confirmação do compromisso da Fiat com a inovação e com a busca por combustíveis alternativos e ecologicamente corretos como o GNV”, completa Belini.

Mas um problema continua sem solução. Os cilindros permanecem acondicionados no porta-malas tirando espaço para transporte de carga. Os dois cilindros juntos representam carga adicional de 70kg no veículo.




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