Setecidades Titulo Em busca da solução
USCS é escolhida para testar vacina contra Covid

Foram selecionados 12 centros clínicos em todo País;
9.000 voluntários participarão da terceira fase de testagem

Por Flávia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
02/07/2020 | 02:50
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Celso Luiz/DGABC


O governo do Estado anunciou, ontem, que a USCS (Universidade Municipal de São Caetano) foi um dos 12 centros clínicos escolhidos para participar da terceira fase dos testes da vacina contra a Covid-19, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech. A testagem será realizada em parceria com o Instituto Butantan em 9.000 voluntários, com doses enviadas pelo laboratório. A expectativa é que a universidade receba à diretrizes para o início do processo na próxima semana.

“Recebemos o anúncio com muita alegria. É um duplo reconhecimento da USCS enquanto potência na área médica e da saúde por meio do curso de medicina, e da Prefeitura, com quem trabalhamos ativamente nos programas de combate da pandemia”, afirmou Leandro Prearo, reitor da universidade. “Para os nossos docentes e alunos poderem acompanhar de perto este momento, que é um marco na história, e participar ativamente com a universidade em algo que será positivo para o País e para o mundo, é sensacional”, completou Prearo.

Na avaliação do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB), a parceria entre a Prefeitura e a universidade se intensificou em prol do combate ao novo coronavírus. “A parceria se estreitou mais ainda, apresentando inúmeros projetos que coloca, de fato, o município em destaque (no combate da doença no País) e, agora, isso (a seleção da USCS) vem para coroar a cooperação em algo que é o mais esperado no momento, a vacina contra a Covid”, assinalou.

Prearo esclareceu que ainda não é possível detalhar quantos docentes e pesquisadores da instituição estarão envolvidos no projeto, assim como prazos e métodos de seleção de voluntários. Contudo, ele garantiu que a USCS fará o procedimento completo, desde o recrutamento de voluntários até o processo clínico de testagem de acordo com os protocolos estabelecidos pelo Instituto Butantan.

Auricchio apontou, ainda, que a participação da autarquia na pesquisa da vacina trará reconhecimento internacional para a instituição. “O Instituto Butantan, que é o pesquisador oficial brasileiro na questão da parceria com a Sinovac, credenciou estes 12 institutos, sendo que nove são de São Paulo e, o restante, de fora do Estado. Alguns destes centros clínicos se elevam ao padrão de pesquisa científica na área de imunização a nível mundial, além de ser um setor com impactos econômicos muito significativos no mundo, internacionalizando a universidade”, explicou.

Seis Estados brasileiros farão parte do estudo coordenado pelo Butantan: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. No Estado, os testes serão conduzidos na Capital pelo Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da USP, Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Hospital Israelita Albert Eisntein. Já no Interior, serão envolvidos o Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e o Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

Caso a vacina seja aprovada, acordo será firmado com o Instituto Butantan para a transferência de tecnologia para produção em larga escala. “Quero assegurar que a vacina será distribuída gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em São Paulo e em todo o País. A capacidade de produção do Instituto Butantan é de 100 milhões de unidades da vacina”, afirmou o governador João Doria (PSDB).
(Colaborou Vanessa Soares) 




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