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Câmara segue governo e corta 10% de salário de comissionados

Medida irá afetar cerca de 330 funcionários da casa de S.Bernardo; impacto é de R$ 400 mil/mês

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
16/04/2020 | 00:01
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A Câmara de São Bernardo seguiu os passos do Executivo, chefiado pelo prefeito Orlando Morando (PSDB), e aprovou na manhã de ontem, em sessão extraordinária, projeto, encaminhado pela mesa diretora, que prevê o corte de 10% dos salários de funcionários comissionados da casa para os meses de maio, junho e julho. A proposta objetiva utilizar os recursos economizados no combate à pandemia do novo coronavírus. Durante o período, a estimativa é reduzir custos da ordem de R$ 1,2 milhão.
Avalizado de forma unânime por decisão de líderes partidários, o projeto deverá atingir cerca de 330 funcionários que atuam como assessores de confiança dos vereadores e também do setor administrativo. O presidente do Legislativo, Juarez Tudo Azul (PSDB), confirmou que a deliberação vai representar, em valores, algo em torno de R$ 400 mil ao mês para minimizar avanço da Covid-19 na cidade.

“Assim como o Executivo, nós, aqui da Câmara, devemos também realizar ações que visam economia para o combate ao coronavírus. Esse pequeno corte se dará nos vencimentos de maio, junho e julho para depois voltar ao normal”, disse o tucano. O dirigente alegou que os parlamentares ficaram de fora da medida por questões de legislação, uma vez que quaisquer mudanças salariais dos vereadores só passam a valer na próxima legislatura. “Os vereadores estão se movimentando para fazer doações voluntárias. Cada um vai ajudar de alguma forma. Muitos (dos colegas) já trabalham com doações mensais e isso se intensificou nos últimos meses devido à pandemia”, emendou.

Na mesma plenária, os parlamentares deram crivo favorável à matéria usada como modelo pela Câmara, que autoriza o governo tucano a implementar redução das jornadas de trabalho, bem como diminuir em 10% os salários de servidores em comissão do Paço com intenção de priorizar as ações na área de saúde e de enfrentamento ao coronavírus. A proposta registrou aprovação unânime da casa. Morando calcula economizar aproximadamente R$ 800 mil por mês, que deverão ser empregados contra a pandemia.

TRANSPORTE COLETIVO

Os vereadores também apreciaram ontem – e aprovaram o texto – projeto que dispõe sobre a adoção de regras diferenciadas para a utilização dos ônibus municipais durante o período de pandemia.

A matéria do Paço tem como principal alvo as pessoas a partir dos 60 anos e que usam o transporte coletivo gratuitamente, conforme lei municipal de 2004. Com o aval à proposta, o Executivo vai acompanhar norma federal que dá gratuidade somente às pessoas acima dos 65 anos.

A ideia do projeto do governo é fazer com que os idosos deixem de circular nos transportes públicos para evitar a proliferação da Covid-19 – o texto recebeu 17 votos favoráveis e cinco contrários. 




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