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Duhalde critica decisão da Suprema Corte em pronunciamento
Por Do Diário OnLine
02/02/2002 | 13:35
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O presidente da Argentina, Eduardo Duhalde, fez um rápido pronunciamento na noite desta sexta-feira na residência oficial de Olivos. Ele criticou a decisão da Suprema Corte de suspender o ‘corralito’ e afirmou que a liberação desordenada dos depósitos presos provocará quebra de bancos, com o prejuízo para milhões de argentinos.

Ele afirmou que o ‘corralito’ é uma herança deixada pelo antigo ministro da Economia Domingo Cavallo e pelo ex-presidente Fernando De La Rúa. Segundo ele, a suspensão do corralito pode deixar o país exposto a riscos de movimentos anárquicos. "Esta decisão da Corte é muito grave. Creio que algumas pessoas até podem estar contentes, podem ter ilusões", afirmou. "Eu temo que, desgraçadamente, possa acontecer o que se passou em outros países. Quando os bancos não puderem pagar, eles serão liquidados pelo Banco Central. E, geralmente, quando um banco é liquidado, quem recebe são os advogados e os poucos clientes que têm a sorte de chegar primeiro. Milhões de argentinos ficariam completamente perdidos", completou.

Enquanto se pronunciava, quatro panelaços aconteciam em vários pontos da capital argentina. No entanto, ele garantiu que não vai entregar o governo a não ser a seu sucessor, no final de 2003. "Corremos riscos. A Argentina está à beira da anarquia. Os povos toleram muitas coisas, menos a anarquia", afirmou o presidente. "Desde o primeiro dia me comprometi a manter a paz social na Argentina. Que ninguém se engane. Não sou um presidente débil".

Acompanhado pelo ministro da Economia, Jorge Remes Lenicov, o presidente falou de improviso e em tom pausado. Ele não se dispôs a conceder entrevista.

Logo após o pronunciamento de Duhalde, seu chefe de gabinete, Jorge Capitanich, informou que a Presidência está trabalhando junto à equipe econômica do governo na revisão das medidas que seriam anunciadas neste sábado. No entanto, a divulgação foi adiada.




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