Palavra do Leitor Titulo
A praga da burocracia

A empresa de consultoria Grant Thornton produz, periodicamente, o relatório IRB (International Business Report)

Dgabc
28/04/2012 | 00:00
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Artigo

A empresa de consultoria Grant Thornton produz, periodicamente, o relatório IRB (International Business Report) para mostrar o principal entrave para a expansão dos negócios em vários países. O levantamento é realizado junto a executivos e contempla questões como falta de mão de obra qualificada, carência de infraestrutura, custo de financiamento, burocracia e escassez de capital de giro.

No Brasil, o item que mais limitará o crescimento das empresas em 2012, segundo o mais recente estudo, será a burocracia. Ela será entrave para 46% dos executivos entrevistados, ficando acima da média mundial, que é de 37%. O país onde esse fator menos preocupa é a Finlândia (6%).

A burocracia é uma praga que contamina o meio empresarial e o maior expoente dessa excrescência reside na área tributária. É impressionante como as regras fiscais proliferam no País. Essas ações insanas criam estrutura cada vez mais complexa, impossível de ser digerida, e eleva de modo expressivo os custos para as empresas.

Levantamento do Banco Mundial revela a situação ridícula da estrutura de impostos brasileira. Uma empresa submetida à legislação tributária no País gasta por ano 2.600 horas (equivalente a 108 dias e oito horas) com a burocracia nos três níveis de governo, enquanto que a média mundial é de 1.344 horas (equivalente a 56 dias no ano). No Chile são necessárias 316 horas; na China, 872; na Índia, 272; na Rússia, 448; e, na Argentina, 615. Essa discrepância é, seguramente, um dos fatores mais significativos para o comprometimento da competitividade da produção no Brasil. O viés burocrático comanda o País na área tributária. Exemplo nesse sentido refere-se ao PIS/Cofins e à CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). O primeiro passou a ser cobrado parte sobre o faturamento e parte sobre o valor agregado, gerando calamitosa proliferação de procedimentos regulatórios, e o segundo, que era simples e transparente, foi trucidado.

Na questão tributária o País precisa mudar paradigmas em vez de aprofundar seus defeitos, como a burocracia pública insiste em fazer. O potencial da economia brasileira tem dificuldade enorme para ser concretizado, e isso, em boa parte, decorre de visão que repele o simples e assimila o complexo.

Marcos Cintra é doutor em Economia pela Universidade Harvard (EUA), professor titular e vice-presidente da Fundação Getulio Vargas.

Palavra do leitor

Parque Central
Sou leitor assíduo deste conceituado Diário, desde os primórdios do News Seller. Assim sendo, resolvi participar das críticas construtivas, começando por alusões às péssimas condições administrativas por que passa o Parque Central, em Santo André. Os lagos (de águas poluídas por esgoto) acham-se totalmente assoreados, com lixo e entulho, que deslizam dos morros. A manutenção dos gramados e das plantas floríferas é feita de modo supostamente aleatório, ou seja, sem qualquer orientação técnico-profissional, uma vez que os restos da poda, muitas vezes, não são removidos. A poda dos jardins é efetuada em momento e de modo inadequado. Sem falar na segurança, que não existe no parque, sendo notória a ocorrência de vários roubos, consumo de drogas e até tentativa de estupro. O Parque Central é vítima dos desmandos administrativos!
Sérgio Fernandes
Santo André

Resposta
Em resposta à carta da leitora Maria Angela C. Niedt (Rua Municipal, dia 23), a Prefeitura de São Bernardo informa que os agentes realizam o serviço de fiscalização de trânsito em toda a cidade, inclusive na Rua Municipal, que é monitorada diariamente em diferentes horários. A via está devidamente sinalizada e recentemente recebeu novo asfaltamento dentro do Programa Rua Nova, que prevê melhorias em 42 ruas e avenidas de diversos bairros do município. Nos casos em que os agentes de trânsito constatam irregularidade no estacionamento de veículos na Rua Municipal, em horário que é proibido parar, são lavradas as devidas autuações de trânsito.
Prefeitura de São Bernardo

Emblemática!
Não sei por que, mas a foto do ex-presidente Lula, de óculos escuros, de Dilma e comitiva para assistir ao filme sobre a ‘transição de poder' do PT me remeteu aos anos 1930 em Chicago.
Beatriz Campos
Capital

Alegria
Fiquei feliz e orgulhoso ao ler neste Diário sobre a viagem da dupla Roger e Rogério à Terra do Tio Sam (Cultura & Lazer, dia 23), levando a nossa verdadeira música caipira para o povo norte-americano vibrar. A Orquestra de Violeiros de Mauá sente-se gratificada, pois o cantor Roger desde criança já tocava violão, chegando até a ser nosso maestro. Junto com a Orquestra Sinfônica de Santo André, regida pelo saudoso Flavio Florence, executamos várias peças musicais, unindo o clássico sertanejo com muito brilhantismo no Teatro Municipal de Santo André. Tive a honra de ser convidado para a primeira gravação do DVD da dupla, onde fiz a abertura com a poesia O Compadre Caipira, repicando o berrante e os pios de passarinhos. Desejo a eles o sucesso, pois são merecedores.
João de Deus Martinez
Santo André

Multas
Vergonhosa a indústria da multa no Grande ABC! Na esquina das ruas Abraão Salotti com Guilherme de Almeida, em São Bernardo, estrategicamente fica um amarelinho multando todos os carros que convertem da Avenida Lauro Gomes sentido Rua Vivaldi. São dezenas de carros por minuto que fazem tal conversão, e isso de certa forma ajuda a desafogar o trânsito no local, no horário de pico. Fico indignado, pois isso não tem nenhum caráter educativo, visa a exploração da indústria da multa. Creio que é possível criar terceira faixa, para permitir a conversão, pois no contrafluxo (sentido São Caetano e Centro de São Bernardo) quase não há trânsito. Estamos em ano de eleição e devemos cobrar dos nossos representantes alternativas coerentes. É isso que vemos e veremos se não houver governos populares que realmente defendam o bem comum que, creio eu, seja a qualidade de vida e o respeito ao ser humano.
Claidmar Antonio Veloso
Santo André

Cotas
Sobre as cotas raciais: quando o debate é pequeno ‘toda unanimidade é burra'.
Tania Tavares
Capital




Comentários

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