O processo de demolição do Edifício di Thiene, no bairro Fundação, em São Caetano, está programado para acabar até o dia 1º de novembro. Conforme a Prefeitura, a próxima etapa de intervenções na área será a remoção do entulho, no prazo de até 30 dias. O prédio foi interditado pela Defesa Civil da cidade após o desabamento parcial da laje no dia 8 de junho, episódio que deixou oito pessoas levemente feridas e 102 famílias desabrigadas.

Conforme o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB), a demolição do prédio foi necessária devido à estrutura estar totalmente comprometida. “Técnicos, engenheiros e arquitetos atuaram para chegar a uma conclusão sobre o estado do edifício e a decisão final foi a demolição”, conta.

Decisão da juíza Érika Ricci, da 1ª Vara Cível de São Caetano, autorizou o processo em 7 de agosto, quando a administração municipal abriu processo de contratação emergencial da empresa responsável pelo serviço. Em seguida, no dia 30 de agosto, a ordem de serviço foi emitida para que a TSC Terraplanagem e Locação de Equipamentos desse início aos trabalhos.

“A primeira fase (da demolição), cerca de 15 dias, foi realizada de forma manual por 20 funcionários, com o intuito de fazer menos barulho e levantar o mínimo de poeira na redondeza do edifício. Na segunda fase, que deve terminar na próxima semana, entraram três máquinas retroescavadeiras. Depois, serão mais 30 dias para que haja a remoção do entulho produzido na demolição”, comenta a secretária de Obras e Habitação da cidade, Maria de Lourdes da Silva.

A Justiça havia determinado prazo de 30 dias para a finalização do processo, período que foi estendido devido à necessidade de tomada de decisão a respeito do método que seria utilizado para a demolição.

FAMÍLIAS

Removidas do prédio após o desabamento parcial da laje, as 102 famílias do Edifício di Thiene foram encaminhadas para abrigo provisório. Desde a primeira quinzena de agosto, passaram a receber o auxílio financeiro da Prefeitura. Até agora, foram entregues três das 18 parcelas previstas, sendo R$ 800 no dia 10 de agosto, R$ 400 no mês seguinte e R$ 400 no último dia 10.

A doméstica Maria Aparecida Alves, 45 anos, morava há 15 anos no edifício. Embora ela não estivesse no prédio no momento do acidente, observa que sua vida mudou da noite para o dia. “Sabíamos que o prédio tinha seus problemas, mas nunca imaginamos isso. Hoje, moro de aluguel com meus três filhos e a parcela da Prefeitura me ajuda muito.”