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Citroën libera a cavalaria do Picasso
André Gomide
Da HP Press
03/03/2004 | 00:15
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Campeã nacional da sedução, a minivan Citroën Picasso arrebanha admiradores por onde passa. Mas tinha um ponto pelo qual os refinados consumidores torciam o nariz: o motor 2.0 de "apenas" 118 cv. E não é que reclamavam da falta de desempenho ou coisas do gênero uma vez que o carro sempre mostrou esperteza para seus 1.306 quilos? Os mais entendidos, e o perfil do comprador desse carro mostra exatamente que se trata de pessoas mais esclarecidas, sabem que a cavalaria gerada pelo motor indica se ele tem um pé na antiguidade ou não. Eles sabem que há tempos os propulsores 2.0 mais avançados estão acima dos 130 cv, exatamente por conta da evolução tecnológica.

E agora vão poder contar mais essa vantagem quando optarem pelo Picasso. Com o remapeamento do sistema eletrônico de gerenciamento do acelerador e motor, os técnicos da Citroën do Brasil conseguiram um milagre da engenharia: arrancar 20 cv em 550 giros a mais no motor. No "antigo", os 118 cv de potência máxima eram atingidos aos 5.500 rpm. Com a nova configuração, a potência saltou para 138 cv, a 6.000 rpm. No momento máximo de força a mudança foi quase imperceptível até mesmo nos números. Pulou de 19,8 mkgf , a 4.100 rpm, para 20,0 mkgf, na mesma rotação.

O que isso trouxe de benefício para o consumidor final? Além de poder dizer aos amigos que seu carro (ou futuro carro) tem motor de última geração, nada que possa ser mensurado na tocadinha básica do dia-a-dia como levar criança à escola, ir no supermercado e etc. Nessa condição de uso não se nota nenhuma diferença. Para percebê-las no desempenho é preciso levar o motor às condições extremas de aplicação. A velocidade máxima declarada, por exemplo, pulou de 203 km/h para 212 km/h e a arrancada de 0 a 100 km/h, que antes tinha o tempo de 9,7 segundos foi reduzido para 9,4 segundos, uma diferença que poucos vão conseguir medir. No item consumo aferimos que andando na rodovia com velocidade entre 100 e 140 km/h, com o carro carregado, a Picasso fez 12,33 km/l. Na cidade, sem bagagem, registrou 9,8 km/l.

Mas o que vale mesmo em carros monovolume é seu lado camaleão que lhe confere múltiplas utilidades. Dobra-se e tira-se bancos com facilidade, os espaços da cabine são generosos e os porta trecos não deixam nada fora do lugar. A Picasso tem suas exclusividades como o quadro de instrumentos no centro do painel que oferece de forma democrática as informações gerais de navegação. Como produto de foco familiar, a minivan da Citroën traz alguns equipamentos muito práticos, como, por exemplo, o travamento interno das portas impedindo que as traseiras possam ser abertas internamente. Para os casais com filhos esse serviço é de extrema utilidade e segurança.

Outro ponto favorável e que contribui para uma perfeita satisfação com o produto é o sistema de informação digital no painel, sinalizando portas abertas, e o computador de bordo que permite ter uma noção exata do andamento da viagem. Entre as pessoas entrevistadas sobre os pontos que mais agradam no produto, a posição da alavanca de câmbio foi a que mais arrebanhou elogios. Já o acesso foi o que mais recebeu crítica. O fato de não ter disponível o sistema de acionamento automático dos vidros conjugado com o travamento elétrico das portas é um conforto que faz falta nesse ou em qualquer outro carro de quatro portas. O que ocorre é que tem sempre aquela janela que ficou aberta exigindo que se coloque a chave novamente no contato para acionar o controle.

Também em termos de segurança e equipamentos de conforto a Picasso está bem servida. A versão avaliada, a GLX, traz de série ar-condicionado dianteiro com filtro anti-pólen, 4 air bags, painel digital, mesas tipo avião para os bancos traseiros, chave com dispositivo transponder, entre outros. Apoio para cotovelos nos bancos dianteiros, rodas de liga leve, sinalizador de obstáculo na traseira (item muito útil nesse carro) e ar condicionado traseiro estão na lista de opcionais.




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