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Suzane e irmãos Cravinhos são condenados a mais de 38 anos
Do Diário OnLine
22/07/2006 | 02:20
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Após cinco dias de julgamento, a sentença final do caso Richthofen finalmente foi apresentada, na madrugada deste sábado, no fórum da Barra Funda (zona Oeste de São Paulo).

Os irmãos Cravinhos foram condenados, por unanimidade, por duplo homicídio triplamente qualificado. Daniel foi condeando a 19 anos e seis meses de prisão por cada morte, o que totaliza 39 anos de reclusão e seis meses de detenção em regime semi-aberto. Cristian foi condenado a 18 anos e seis meses de prisão por cada morte, o que soma 38 anos de reclusão e seis meses de detenção. Ambos não poderão recorrer em liberdade.

Por três votos contra e quatro a favor, Suzane Von Richthofen, foi condenada a 19 anos e seis meses por cada morte, totalizando 39 anos de reclusão, mais seis meses de detenção e dez dias de multa. Ela também não poderá recorrer da sentença em liberdade.

Os três réus foram acusados de matarem os pais de Suzane, Manfred e Marísia, em outubro de 2002.

Os jurados inicialmente tiveram de responder a 58 questões ligadas às circunstâncias do crime, o que causou certa confusão e divergências e atrasou o pronunciamento oficial do juiz Alberto Anderson Filho, que proferiu a sentença aproximadamente às duas da manhã do sábado. Suzane, Daniel e Cristian ouviram a sentença com a cabeça baixa e não choraram.

O crime
O casal Manfred e Marísia Richthofen foi assassinado em outubro de 2002, dentro da própria casa, localizada na Zona Sul de São Paulo. Segundo o depoimento dos acusados à polícia dias após o crime, Suzane levou o irmão Andreas, então com 15 anos, a uma 'lan house'. Em seguida, a estudante e o namorado encontraram Christian e seguiram para a residência da família.

Suzane foi para o quarto dos pais constatar que eles dormiam e deixou o caminho livre para os irmãos Cravinhos. Manfred e Marísia foram golpeados com barras de ferro. Daniel atacou Manfred e Cristian Marísia. A casa ainda foi revirada para simular um assalto. Cristian levou o dinheiro guardado no local.

Após se livrarem das armas do crime, Suzane e Daniel foram para um motel onde ficaram por duas horas, para simular um álibi. Depois eles pegaram Andreas e seguiram para a casa, onde encontraram os corpos e chamaram a polícia. Dois dias após o assassinato, foi descoberto que a jovem era a mandante das mortes.

O crime teria sido motivado pela proibição do namoro de Suzane e Daniel pelos pais, além da herança que seria herdada com a morte deles. Os três acusados vão responder por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima, além de fraude processual, por terem alterado a cena do crime para forjar latrocínio.





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