As prefeituras do Grande ABC estão preparando os piscinões da região para o período mais crítico de chuvas, que acontece entre dezembro a março. Equipes estão realizando a limpeza dos 17 reservatórios para garantir maior poder de armazenando de água.

Em Mauá, no piscinão de Zaíra, segundo trabalhadores que ontem executavam serviços de limpeza e manutenção no local, mais de 1.000 caminhões de entulho e terra foram retirados nos últimos dias. A sujeira ainda é visível, mas para os moradores da região, a situação é bem melhor do que tempos atrás. "Aqui tinha cheiro do Rio Tietê, não dava para passar nessa área", diz a auxiliar de produção Duvige Cidirena de Almeida Araújo, 31 anos, moradora próximo ao piscinão.

VIZINHOS JOGAM LIXO
Na tarde de ontem, bombas de sucção tiravam água para as máquinas voltarem a trabalhar e terminar a limpeza do tanque. Segundo os operários, um dos maiores problemas é que os vizinhos despejam lixos no local. Entre os objetos deixados estão: garrafas pets, portas de madeira, sofás, cadeira, fogão, além de animais mortos, como cabras, cachorros, porcos, gatos e outros.

No reservatório do bairro Paulicéia, em São Bernardo, a situação era bem diferente do que em março deste ano, quando o muro de proteção desabou e a água invadiu diversas casas na Rua Giácomo Gobato.

Ontem, o reservatório estava quase vazio, sem sujeira e com pouco mato nas encostas e no fundo. Dois muros foram construídos. "Mesmo com esses muros, ainda temos receio de que aconteça novamente a mesma tragédia", diz a dona de casa Rosangela de Fátima Barrete, 50.

Em nota a Prefeitura de São Bernardo informou que o trabalho de manutenção das unidades de drenagem é realizado de forma periódica, de acordo com a necessidade, e reforçado no período de chuvas.

O Departamento de Manutenção e Operação, da administração municipal de Santo André, informou que tem realizado limpezas de bocas de lobo e de piscinões, desobstrução de galerias de águas pluviais, além de capina e desassoreamento do leito e das margens de córregos e rios. Os trabalhos recebem atenção especial nas áreas mais baixas, onde o risco de inundação é maior.

A Prefeitura de São Caetano informou que gasta cerca de R$ 150 mil por ano, com a manutenção do reservatório da Avenida Guido Aliberti. O Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) também realiza manutenção no local. Ontem, as máquinas tiravam terra de uma parte e as encostas estavam sendo limpas. Ainda havia pequenos materiais e plásticos. Passarinhos, pombas e até uma garça se banhavam no reservatório ontem.