Diarinho Titulo Alimentação
Aprendizado e costumes para comer

Crianças começam a desenvolver hábitos e aproveitam curiosidade para ampliar alimentação

Por Tauana Marin
Diário do Grande ABC
20/10/2019 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Comer é fonte de nutrientes e vitaminas, sendo essencial para que o corpo funcione por meio da ajuda desse ‘combustível’. A atenção quanto à comida é celebrada com o Dia Mundial da Alimentação, comemorado anualmente em 16 de outubro. As pessoas têm maneiras diferentes de se relacionar com seus pratos, aproveitando texturas, aparências, cheiros e sabores.

“Quanto mais colorido for o prato, melhor”, aconselha Murilo Aguiar Maurício, 10 anos. O aluno da Emef Bartolomeu Bueno da Silva, de São Caetano, não deixa nada do cardápio do almoço na escola fora do seu prato. Ele conta que tem o hábito de experimentar tudo antes de recusar. “Muito difícil eu não gostar de comer alguma coisa. Meu prato predileto é o estrogonofe.”

Na unidade escolar há sempre opções de verduras e legumes, além de frutas como sobremesa e suco, que todos pegam apenas após terminar as refeições. Uma das combinações favoritas é a macarronada ao sugo com frango assado. “Adoro e ainda coloco queijo ralado”, afirma Giovanna do Prado Tebaldi, 7, que não é grande fã de feijão. “Prefiro comer arroz com salada, mesmo. Acho que enjoei. É difícil gostar de comer tudo, mas tento sempre experimentar.”

Mariana Nassu Pompolo, 6, acredita que se alimenta bem. “Como tudo porque gosto de crescer e ficar forte, porque meu irmão não come e fica mais doente do que eu.” Segundo ela, almoçar na escola acaba por incentivar a turma. “Já percebi que muitas não pegavam quase nada para comer e, como eu falo que tudo é gostoso, elas começaram a pegar mais”, diz Mariana, que completa: “Quando me comporto em casa também ganho um doce, e adoro. O melhor é sorvete.”

Lanches entre as aulas também fazem parte do dia a dia dos estudantes de São Caetano. Leite, frutas, suco integral de uva, pão com manteiga, barras de cereal, iogurte e lanchinhos de carne ou frango estão no cardápio.

CONHECIMENTO - Leitura realizada em sala de aula ajudou Emanuel Teixeira Velasco, 8, a entender que a forma como os alimentos são feitos aponta a cultura das famílias. A reflexão foi feita após contato com o livro Chef Brasil – Saboreando Histórias (Paulus Editora, 40 páginas, R$ 29,90, em média), de Dílvia Ludvichak. “Há comidas que são feitas da mesma maneira há anos, de geração em geração. São pratos que a gente come e tem carinho, lembranças”, conta o menino. “Na minha casa a coxinha de frango é a comida tradicional que todos gostam.”

Qualidade de alimentos é essencial

A escolha de alimentos ricos em vitaminas é essencial para fazer com que o corpo fique saudável. Claro que itens especias e chamativos, como doces diversos e lanches de diferentes tipos, estão entre as opções mais populares. Para que a saúde fique em dia, é preciso ter equilíbrio e dosar quantidades e tipos de comidas. Nada é proibido, mas há certos alertas que precisamos ficar atentos.

Não é segredo que refrigerantes são ricos em açúcares e sódio (sal), que doces em excesso prejudicam o organismo (podendo, até mesmo, favorecer surgimento de doenças, como diabete) e que a falta de frutas, verduras e legumes é capaz de gerar deficits na saúde.

Um prato mais ‘colorido’ tem o poder de deixar a alimentação gostosa e nutritiva. Frutas, vegetais, carboidratos não refinados e proteínas devem estar presentes na alimentação. Ajudar na cozinha com a presença de adultos responsáveis é divertido e boa maneira para se experimentar alimentos.

Outra dica é fazer pequenos ajustes ou substituições. Incluir granola no iogurte, por exemplo, dá maior saciedade pela quantidade de fibras no grão e colocar folhas de alface e tomate no hambúrguer é bem-vindo.

Segundo a Organização das Nações Unidas para alimentação e a Agricultura, o Brasil tem 2,5% da população passando fome e 20% sendo considerada obesa

Consultoria de Thaise Costa, nutricionista da empresa Tia Sônia, que comercializa alimentos saudáveis e naturais.


 




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