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Mini Baja: FEI dá show de inovação nos EUA
Danilo Angrimani
Do Diário do Grande ABC
19/06/2004 | 18:13
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Um carro projetado, construído e pilotado por universitários da FEI (Faculdade de Engenharia Industrial) de São Bernardo sagrou-se campeão de uma competição da Sociedade de Engenharia Automotiva, disputada na cidade de Milwaukee, estado de Wisconsin, Estados Unidos.

Participaram 136 veículos mini Baja (lembra um Bug, estilo fora de estrada) de 80 universidades de vários países do mundo (Argentina, Canadá, África do Sul, Coréia do Sul e Estados Unidos).

O carro da FEI fez bonito em todos os quesitos – resistência, conforto, aparência, originalidade, custo e viabilidade de produção industrial – e trouxe para o Brasil e para o Grande ABC o troféu de primeiro colocado. A prova aconteceu de 3 a 6 de junho.

Para chegar até Milwaukee, o mini Baja da FEI precisou passar por uma competição eliminatória, disputada em Piracicaba no mês de abril. Conduzido pelo estudante de 4º ano de Engenharia Mecânica, Luis Gustavo Baciotti Bernardino, 21 anos, o mini Baja da FEI chegou em segundo e garantiu seu lugar na prova dos EUA (apenas os dois primeiros ganhavam direito ao passaporte).

Nos EUA, o mini Baja foi pilotado por outro estudante – Rafael das Neves Donadio, 23 anos, também do 4º ano de Engenharia Mecânica. A prova foi disputada em um circuito de motocross, prolongou-se por 3h30 e exigiu muito preparo físico dos participantes: “São muitos obstáculos, muito pó, buraco, saltos e quedas”, conta Donadio. Ele viu adversários capotando, quebrando, enquanto o mini Baja da FEI chegava inteirinho.

Dedicação – Entre o projeto e a execução, passaram-se 12 meses sob a orientação do professor Roberto Bortolussi, 38 anos. A construção do carro vencedor exigiu um investimento de R$ 20 mil. Participaram alunos do primeiro ao quinto ano. “O projeto exige muito de todos. É preciso perder os fins de semana, os feriados, requer muito trabalho e dedicação”, disse Bortolussi.

A vitória nesta competição funciona de forma diferente das provas habituais. Não se trata de chegar em primeiro lugar, na frente dos outros, e receber a bandeira quadriculada.

Trata-se de uma prova de tecnologia, em que as soluções inovadoras e a compensação entre peso e durabilidade (o carro não pode ser muito pesado, mas também não pode ser muito leve e frágil), baixo consumo de combustível, são elementos decisivos para que o projeto seja campeão.

A vitória do carro da FEI é também uma conquista particular do professor Bortolussi, morador de São Bernardo. Há cinco anos, ele vinha tentando vencer o campeonato, tendo já se classificado em terceiro, quinto e sexto. Batia na trave, mas nada da bola entrar. “Finalmente, desta vez, chegamos lá.”




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