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Alunos organizam abaixo-assinado para melhoria de escola

EE Professora Ordânia Janone Crespo, em Sto.André, concentra desde goteiras e infiltrações até quadra de esportes interditada

Flávia Fernandes
especial para o Diário
16/03/2019 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Estudantes da EE Professora Ordânia Janone Crespo, no bairro Santa Maria, em Santo André, recorreram a abaixo-assinado para chamar a atenção da sociedade a respeito dos problemas estruturais da unidade de ensino. Além de dificuldades a cada temporal, por conta de goteiras e alagamentos, os alunos reivindicam o direito de utilizar a quadra de esportes, interditada há pelo menos um ano devido a falha no muro.

O abaixo-assinado organizado pelos alunos do 3º ano do ensino médio conta com 70 assinaturas em menos de uma semana. “É nosso último ano e estamos sendo prejudicados. Tenho medo de, ao me formar, não estar preparado o suficiente por causa desses transtornos”, observa o jovem Dairson Silva, 18 anos. Somente nesta semana, devido ao temporal que assolou a região entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira, os estudantes ficaram dois dias sem aulas, devido à enchente.

Conforme a comunidade, o prédio escolar, localizado na Rua Comendador Antônio Benvenuto Batáglia, 143, apresenta infiltrações nas salas de aula. A dona de casa Maria Araújo, 51, é mãe do Gustavo, 11, e relata os problemas enfrentados pelo filho. “Nas aulas de educação física, eles improvisam atividades em espaço ao lado da quadra, mas a sala dele tem muitas crianças e o local é pequeno. Isso é revoltante, já pagamos tantos impostos e não oferecem recursos para um ensino melhor.”

Do lado de fora, é possível ver os muros deteriorados e os estudantes alegam que, por dentro, a situação é ainda pior. “A quadra está cheia de goteiras e o muro parece que está caindo”. No domingo, a escola alagou e a biblioteca foi danificada, perdendo diversos livros. Na quinta-feira, os alunos foram liberados para voltar à escola, mas algumas turmas tiveram que ter aulas no pátio, pois as salas ainda não podiam recebê-los, devido ao risco de desabamento do teto.

O marceneiro Rogério Basílio, 46, é pai de duas alunas, Vitória, 16, e Maria, 11, e conta que em fevereiro foi chamado para reunião. Na época, a direção teria falado sobre a possibilidade do fechamento do local por conta dos problemas estruturais. “Estudei no Ordânia em 1989 e hoje minhas filhas estudam lá. Não quero ver essa escola fechar”, conta.

Além dos problemas nos encanamentos, a escola também apresenta problemas na calha, rachaduras e infiltrações. “Os professores precisam unir duas turmas em uma sala só, pois muitas salas ficam alagadas. “Eles colocam praticamente 60 alunos numa sala e fica difícil para os professores darem aula”, relata Rogério.

Questionada sobre os problemas, a Secretaria Estadual da Educação esclareceu que as aulas da EE Professora Ordânia Janone Crespo foram suspensas no início da semana em razão das fortes chuvas na região, mas as atividades já foram retomadas. “Equipe técnica da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação) será enviada ao local para avaliar a estrutura e tomar as providências necessárias”, afirma a Pasta.




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