A Federação de Vôlei do Estado de São Paulo (FVSP) sai do papel e entra na briga com a Federação Paulista de Vôlei (FPV). A FVSP nasce com o objetivo de resgatar clubes que estão afastados há algum tempo das competições oficiais. A cerimônia que oficializará a nova federação acontece sábado e terá a presença de 15 entidades, entre elas o São Caetano EC, o AD Santo André e o Mesc/ São Bernardo. “Não queremos criar atrito com a FPV, mas ser uma opção mais barata”, explicou o secretário de Esportes de São Caetano, Mauro Chekin, e candidato à presidência da FVSP.

Embora a entidade esteja de acordo com a lei esportiva, não será reconhecida pela CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), que aceita apenas uma por Estado. Com isso, o time que quiser disputar a Superliga Masculina/ Feminina terá de participar das competições organizadas pela FPV. O secretário de Esportes de Santo André, Celso Luiz de Almeida, preferiu a cautela ao comentar a fundação da entidade. “O movimento é válido, porém, tem de se avaliar as vantagens e desvantagens de se filiar a FVSP”, disse.

Para um dos idealizadores da FVSP, Álfio Sacchi Filho, o propósito é investir em campeonatos das categorias menores e equipes do interior que não conseguem arcar com as despesas da FPV. “Têm muitos clubes que se retiraram do vôlei por não ter condições de pagar as taxas da FPV”, explicou. Segundo o dirigente, as inscrições no Paulista – primeira divisão –, organizado pela FPV está em torno de R$ 5 a 7 mil reais. A FVSP quer ser uma alternativa, e cobrará, por exemplo, R$ 500. A idéia surgiu em agosto, quanto a FPV não realizou o campeonato paulista mirim e pré-mirim masculino.