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Um dia é pedra, no outro, vidraça
Por Raphael Rocha
08/02/2019 | 06:10
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Vereador de primeiro mandato na Câmara de São Caetano, o vereador Caio Funaki (Patriota) é da nova geração da política. Utiliza com frequência as redes sociais, se coloca contra privilégios à classe, critica gestores envoltos em investigações mais sérias. Na eleição de outubro, não escondeu voto e apoio em Jair Bolsonaro (PSL) e defendeu amplamente a candidatura da advogada Janaina Paschoal (PSL), autora do pedido de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e recordista de sufrágios à Assembleia Legislativa. Mas, nesta semana, a pedra virou vidraça. Apesar de o Legislativo ter ficado dois meses de recesso – dezembro e janeiro –, Funaki decidiu viajar para Portugal, de férias, justamente no período em que as sessões retornaram. Por acordo prévio, seu nome foi indicado para integrar a comissão de constituição e justiça. Mas sua ausência nos trabalhos de terça-feira já causou mal-estar interno. Não bastasse isso, o parlamentar também faltou na primeira reunião da comissão, realizada ontem pela manhã, para deliberar sobre pareceres de projetos de lei de autoria de vereadores. 

Reaproximação

 Nos corredores da Assembleia Legislativa, começou a circular informação que o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), teria convidado o ex-governador Márcio França (PSB) para administrar a Secretaria de Saúde da Capital. Bruno busca pacificar a relação do tucanato paulistano com França, desgastada por causa do atual governador paulista, João Doria (PSDB). O primeiro sinal de reaproximação foi França foi dado por Bruno Covas quando ele alocou João Cury como secretário de Educação, no lugar de Alexandre Schneider. França é cotado para concorrer à prefeitura de São Paulo em 2020, embora ele, publicamente, refute essa tese.

Tucanato

 Na edição de ontem, o Diário mostrou que quatro dos cinco vereadores do PSDB de São Caetano demonstraram vontade de ver o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) à frente do partido na cidade novamente. O único que ainda não se manifestou pró-Auricchio foi Eduardo Vidoski (PSDB), atual vice-presidente do diretório. Para ele, Auricchio é um dos bons nomes que a legenda conta para liderar a sigla no processo eleitoral de 2020. “Ele pode ser candidato, claro. Há outros com condições de ser presidente. Gente que já está há algum tempo no partido, do passado, gente nova. Sei que o PSDB sairá fortalecido e unido para que, na eleição de 2020, voltemos a ser a maior força na cidade.”

Novo líder

 O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), definiu o vereador Companheiro Sérgio (PPS) como líder do governo na Câmara. O posto era exercício pelo parlamentar Célio Boi (PSB), que, desta vez, declinou de continuar na função. O socialista acreditava que o Paço poderia ter ajudado mais em sua campanha para deputado federal no ano passado, mas Lauro inclinou toda força da administração para a campanha da secretária de Habitação, Regina Gonçalves (PV). Nem Célio Boi nem Regina conquistaram cadeira em Brasília.

Casa nova à vista

 O presidente da Câmara de Rio Grande da Serra, Claudinho Monteiro (PSB), acredita que em maio os vereadores poderão ocupar o prédio do Creb (Centro de Referência da Educação Básica), cedido pelo prefeito Gabriel Maranhão (sem partido) para que o Legislativo tenha sua sede própria. A Casa funciona atualmente em imóvel alugado em cima de uma farmácia, no Centro da cidade, e não dispõe de acessibilidade. 

Audiência do transporte

 A Câmara de Santo André confirmou para segunda-feira, a partir das 19h, audiência pública sobre o transporte coletivo municipal, que debaterá, entre outros pontos, a quantidade de gratuidade no sistema público. A discussão pública aconteceria no fim de novembro, mas foi adiada por causa das fortes chuvas que atingiram o município no dia 23 daquele mês.

Aula magna

 Ex-prefeito de São Bernardo e diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), William Dib (sem partido) ministrou aula magna do campus da Capital da USCS (Universidade Municipal de São Caetano). Dib é médico cardiologista, especialista também em saúde pública e administração hospitalar. Dib também foi deputado federal até 2011.




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