Esportes Titulo 1ª Paris Cup Rio
Dupla andreense realiza sonho e levanta a taça no Maracanã

Gabrielle Clozel e Jéssica Soares celebram o título da 1ª Paris Cup Rio, categoria sub-12

João Victor Romoli
Especial para o Diário
02/12/2018 | 07:00
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A cidade de Santo André esteve representada de ótima forma no Estádio do Maracanã, no último mês. Isso porque Gabrielle Clozel e Jéssica Soares, que têm apenas 12 anos e são andreenses, foram campeãs da 1ª Paris Cup Rio, torneio realizado com todas as escolinhas de futebol do Paris Saint Germain no Brasil – são 14 no total. A competição reuniu cerca de 700 atletas e resultou no título da unidade da Pompeia, na Capital paulista, onde treinam as duas garotas – venceram a companhia do Botafogo por 2 a 0, com um gol de Gabrielle.

O campeonato, disputado no Rio de Janeiro, aliás, serviu para enaltecer o potencial das duas meninas da região, que estudam juntas no Colégio Arbos, e colecionaram atuações de destaque em torneios durante a temporada. Foram campeãs pela escola nos Jogos Escolares, ficaram com o vice pelo circuito escolar de futebol society sub-12, além da própria conquista do último dia 2, pelo PSG Academy. Até por isso, Gabrielle, que é atacante e marcou gol na final no Maracanã, destacou a honra de poder ter atuado no templo do futebol brasileiro.

“Foi um sonho jogar no Maracanã. Ninguém imaginava que teria essa oportunidade. Eu, pelo menos, nunca imaginei que iria pisar lá, e muito menos jogar. Foi incrível. Pude fazer gol e vai ficar na minha memória para sempre”, disse a menina, que ressaltou a importância de Santo André neste seu começo no futebol feminino. “Santo André é onde nasci. Comecei a jogar no Arbos, foi onde vi que era o futebol que queria. Isso já demonstra a importância da cidade na minha vida. Acho, inclusive, que a única coisa que falta é uma escolinha do PSG aqui para incentivar atletas e também evitar meu deslocamento até São Paulo”, completou Gabrielle, que ao lado de Jéssica, tem de se dirigir às sexta-feiras para treinar na unidade do time francês na Pompeia.

Já Jéssica, entrou na escolinha do PSG justamente após convite da amiga. Ela fez teste e garantiu a permanência. Também sonhando com lugar mais alto no futebol, a garota enalteceu a categoria feminina.

“Foi grande experiência ter atuado no Maracanã. Foi um sonho realizado porque foi onde o Pelé fez o gol de número 1.000. Uma honra para qualquer menina da minha idade. Ganhamos de time de meninos e acho que isso demonstra o quanto estamos ganhando espaço no cenário do futebol cada vez mais. Estou começando ainda, mas sei que é uma evolução apresentada tanto para Santo André quanto para o futebol feminino”, destacou a garota.

O PSG Academy chegou ao Brasil em 2014 e, desde então, promove testes para crianças e adolescentes (tanto masculino quanto feminino) entrarem na escolinha. A aprovação depende do número de vagas disponíveis. Se passar, o aluno pagará mensalidade de R$ 295 a R$ 490, que varia de acordo com o plano escolhido.

PSG estuda abrir franquia na região
Com o Brasil como o segundo País com mais escolinhas do Paris Saint-Germain no mundo – perde somente para a França –, a diretoria do clube tenta cada vez mais implantar sua força no futebol pelo planeta. Com projeto para crianças e adolescentes de 5 a 16 anos, os franceses já estudam abrir outras franquias nos próximos dois anos em regiões que desenvolvem a modalidade. Um deles, aliás, pode ser o Grande ABC, que disputa com a Zona Leste da Capital paulista outra unidade.

“Os franceses estão analisando locais para abrir escolinhas e é claro que o (Grande ) ABC é uma possibilidade. Temos muitos alunos que fazem parte do projeto aqui na unidade da Pompeia e isso ajudaria até para evitar esse deslocamento. Eles estão conversando e devemos ter alguma resposta em breve”, disse o diretor e responsável pela escolinha na Pompeia, Rui de Valadares, 38.

A atacante Gabrielle, aliás, fez questão de endossar o discurso e pedir para abrir unidade do PSG Academy na região. “A estrutura é muito boa. Lá (na França) tem time feminino. Fazem a gente jogar amistosos contra meninos e os treinos são exemplos. Por isso, seria ótimo ter aqui na região”, emendou a garota.

A esperança é grande, principalmente pelo PSG Academy já ter levado algumas meninas para fazer testes na França, motivando as andreenses a continuar lutando pelo sonho de se tornarem atletas profissionais, mesmo com o alto custo para se manter e os percalços do mundo do futebol 




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