Artigo

Todo gestor escolar dedica-se a pensar, quase mecanicamente, nos diferenciais de suas instituições de ensino e a procurar formas de torná-los mais claros e evidentes. Tudo bem, nada a acrescentar, a não ser o alerta sobre um engano comum a que muitas vezes leva a ânsia de encontrar soluções que atendam às variáveis demandas do mercado, como tempo integral, esportes e inglês, entre outras.

Além de todos os serviços e complementos oferecidos pelas escolas aos alunos e suas famílias, há uma lição de casa a ser feita. Em síntese, trata-se da qualidade do ensino.

Em um contexto que se mostra cada vez mais complexo para os educadores, torna-se fundamental manter o foco na missão fundamental da escola. Isto é: formar cidadãos competentes para ler, escrever e falar nos diferentes registros da língua, além de pensar matematicamente e compreender os fenômenos científicos que afetam nossa vida. Enfim, construir um alicerce sólido de conhecimentos.

Não se trata de um desafio simples para o gestor. Mas é preciso manter o centro de gravidade na qualidade pedagógica, acima de tudo. Sem isso, é muito pouco provável que qualquer malabarismo de marketing funcione, por mais criativa que seja a sua equipe.

Em um contexto social (e global) cada vez mais competitivo, as famílias se voltam para a escola como a instituição que será capaz de garantir às novas gerações as melhores chances de realização, em todos os níveis. A cobrança por desempenho deixa de ser uma motivação interna das famílias ou dos colégios para ser, sobretudo, uma condição de inserção na economia globalizada, cuja principal moeda é o conhecimento.

É, portanto, em torno dessa coluna vertebral que todas as demais atividades da escola devem se orientar. Isso vale para a contratação e a formação de professores e demais colaboradores, a aquisição de novos materiais pedagógicos, a criação de infraestrutura, a definição do discurso interno e a divulgação pública.

Ao adotarem a qualidade de ensino como ponto de partida e de chegada, os gestores acabam por perceber que essa âncora na missão principal da escola traz muitos benefícios. Oferece um centro estável, reconhecido por todos e valorizado pelas famílias. Agrega confiança e, aí, sim, confere a estabilidade necessária para que a escola se lance em novos voos.

Cristiana Prado é gerente de marketing do Ético Sistema de Ensino.

Palavra do Leitor

Salários

Gostaria de parabenizar o Tribunal de Justiça de São Paulo e seus desembargadores. Ao cancelar os salários dos vereadores de São Bernardo fizeram um grande favor aos munícipes, pois, com raríssimas exceções, os parlamentares não fazem nada, não têm projetos, não fiscalizam e estão atrelados ao Executivo. O gasto público com salários dos vereadores poderia ser revertido em melhoria nas áreas de Saúde, Educação, saneamento e Segurança. Peço aos excelentíssimos desembargadores que cancelem os salários de todos os vereadores do Estado. Com certeza, a sociedade vai aplaudir e agradecer.

Ailton Gomes

Ribeirão Pires

País rico?

Temos uma Amazônia fadada a se tornar um gigantesco parque, fracionado em pequenos bosques. Ou seja, o pulmão do mundo com edema irreversível. Somos fabricantes de péssimos alunos porque temos péssimas escolas, tratamos mal nossos professores, que, nesse passo, jamais serão educadores. Temos matriz energética limpa, mas importamos as sujas. Enfim, nossas excelências parlamentares, com suas gravatas solapando o chorume da ética em seus envoltórios corporais, vão a largos passos nos sepultando na nossa miséria, a despeito da nossa riqueza! Brasil, um pobre país rico.

Paulo Rogério Bolas

Santo André

Não convenceu

Comentado a resposta da Prefeitura (Balsa, ontem), tenho algumas considerações a fazer: a cada ano, a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.) tem diminuído sua capacidade no transporte e tempo de operação quando a população tem crescido na região, e cabe a Prefeitura cobrar atitudes de melhora nos serviços. Dizer que medidas de organização da fila foram tomadas no dia em que a fila não andou é no mínimo hilário. Precisamos de organização todos os dias, o que não tem sido feito. Implantou-se vaga para deficientes que virou desordem sem fiscalização. Falta fiscalização, inclusive, para inibir os fura filas que se dizem autorizados pela Prefeitura. Não se esqueçam de que o município fica com parcela do IPVA de nossos veículos. Quanto à manutenção na estrada que dá acesso à Imigrantes, por que a Prefeitura tem tantas restrições para trabalhar no local se no quilômetro 28,5 da rodovia a Ecovias está colocando até o asfalto na beira da pista para fazer canteiro praticamente às margens da represa? Por que dois pesos e duas medidas quando se trata do meio ambiente?

Danilo Colombo

São Bernardo

China

Era previsto. Um dia a festa iria terminar: a China sofre com o desaquecimento, não o meteorológico, mas o da economia. A economia chinesa não está crescendo. Dá a medida para manter os festeiros na festa. As autoridades resolveram praticar a solução mais óbvia: reduzir os impostos sobre o lucro, medida com a qual se procura estimular (e manter) os investimentos no país. É isso, ao que se acresce a condição de quase escravo do trabalhador chinês, o que facilita muito.

Pedro Luís de Campos Vergueiro

Capital

Acima do peso

Enquanto aguardava o resultado de alguns exames, caminhei pela Avenida Paulista, na Capital, e comecei a observar os policiais militares que estavam ali para nos garantir segurança. Vi muitos deles e infelizmente o que pude constatar foi que estão todos acima do peso. Só vi uma policial feminina que se mostrava em forma. Fiquei imaginando um trombadinha pegando a bolsa de alguém e eles tendo que correr atrás do indivíduo. Comecei a rir sozinha, pois, com certeza, perderiam a corrida fácil fácil. Sendo assim, quero sugerir ao comando que elabore regras para manter os policiais em forma e com saúde física para que, no momento necessário, faça-se bonito e não feio ao povo que merece estar em segurança.

Rosangela Caris

Mauá