O primeiro crime ocorreu por volta das 10h30, quando os detentos tomavam banho de sol no pátio e membros de facçoes inimigas iniciaram uma discussao. O preso Márcio Camargo de Paula foi esfaqueado e morreu na hora. Sidnei Alves dos Santos teve perfuraçao no tórax e foi levado para o Hospital do Mandaqui. Os outros feridos foram atendidos na enfermaria da Penitenciária do Estado.
Momentos depois, no pavilhao 8, uma briga entre dois detentos causou a morte de Denilson Batista de Souza, que ainda foi socorrido no Hospital do Mandaqui.
As facçoes envolvidas na briga do pavilhao 9 seriam o Primeiro Comando da Capital e a Seita Satânica. As organizaçoes comandam o crime dentro de cadeias paulistas. Uma das atividade delas é achacar outros presos, principalmente bandidos endinheirados, como ladroes de banco e traficantes de droga.
A assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública de Sao Paulo só confirmou a segunda morte no fim da tarde. A informaçao havia sido dada por funcionários da enfermaria da Detençao.
Guilhermina Muniz de Souza, que esteve com o filho preso, também disse que foram dois mortos durante o conflito. A filha de Guilhermina, Lisandra Inácio Silva, disse que o irmao havia saído cedo do pavilhao 8 para o 9. "Ele foi lá resolver umas tretas (problemas)", afirmou. Por causa disso, as duas estavam preocupadas e foram para a frente da Detençao, assim que souberam da briga.
Fatos - O diretor de Segurança da Casa de Detençao, Jesus Ross Martins, negou-se a classificar os fatos como brigas entre facçoes porque nao teriam envolvido os líderes dessas organizaçoes.
Na tarde desta terça-feira, a direçao decidiu promover uma operaçao pente-fino no pavilhao 9, onde estao cerca de 850 presos.
O juiz-corregedor dos presídios, Otávio Augusto Machado Filho, esteve na Casa de Detençao para tratar da transferência de presos que estiveram na briga. Ele ficou no local cerca de uma hora.
O pavilhao 9 foi palco de um massacre em outubro de 1992, quando 111 presos foram mortos por PMs que reprimiam uma rebeliao.
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