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PPP da Estação Pirelli passará por mudanças

Inaugurada há 75 anos, parada de Sto.André depende de investimento privado para ser reativada

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
01/03/2018 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


 Diante da dificuldade de encontrar interessados em investir recursos no projeto de reabertura da antiga Estação Pirelli, na Vila Homero Thon, a Prefeitura de Santo André, chefiada pelo prefeito Paulo Serra (PSDB), trabalha no aperfeiçoamento da proposta de PPP (Parceria Público-Privada) que está sendo apresentada a empresários instalados no entorno da antiga parada ferroviária, aberta há 75 anos para beneficiar funcionários da empresa que dá nome ao local.

Orçada inicialmente em cerca de R$ 30 milhões, a PPP previa que o custo das obras para reativar a estação ferroviária fosse dividido em forma tripartite. Além da iniciativa privada, também seriam empenhados recursos oriundos da própria Prefeitura de Santo André e governo do Estado.

Com a dificuldade de conseguir a adesão de empresários, também por conta da crise econômica, a administração municipal promete aperfeiçoar o projeto funcional da estação, elaborado pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). A nova proposta levará em conta “as restrições de investimentos dos interessados”, diz a Prefeitura.

A ideia é que a PPP comece a ganhar forma ainda neste ano, com “maiores avanços neste primeiro semestre de 2018”, segundo projeção da Prefeitura de Santo André.

A Estação Pirelli está desativada desde 2006. Na época, o fechamento da parada foi justificado pela CPTM como forma de conter a evasão de renda da parada ferroviária, que não tinha catracas para controle de passageiros.

Desde o fechamento, diversos modelos para reativar a parada foram discutidos entre representantes da Prefeitura de Santo André e a CPTM. Porém, todos foram descartados.

No ano passado, com base em projeto funcional elaborado por técnicos da CPTM, a Prefeitura de Santo André decidiu retomar a discussão junto a diretores de grupos empresariais instalados no entorno da parada ferroviária.

Na tentativa de evitar investimentos exorbitantes para a execução da obra, o projeto adotado pela Prefeitura apresenta alternativas para reaproveitar boa parte do antigo terminal, antes utilizado por funcionários da Pirelli. A estrutura ‘enxuta’ foi solicitação, inclusive, do próprio prefeito Paulo Serra. A ideia, inicialmente, era que a estação contasse somente com o básico, como duas plataformas para atender a demanda estimada em 40 mil passageiros por dia. Com a efetivação, passariam a ser dez as paradas da Linha 10 – Turquesa da CPTM na região.

 

CPTM diz manter interesse na proposta

Responsável pela elaboração do projeto funcional da Estação Pirelli, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) garantiu, nesta semana, manter o interesse de reativar a antiga parada ferroviária. Em nota, a estatal diz que, no momento, “aguarda a manifestação do município para definição de prazos” de execução do projeto.

Segundo a CPTM, desde março do ano passado, quando entregou documento que elencava todas as etapas necessárias para a reforma da estação, o governo estadual aguarda um posicionamento da Prefeitura de Santo André para encaminhar o projeto junto a seus executivos.

Em 2013, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) já havia anunciado a possível reabertura da Estação Pirelli. No entanto, após estudos, chegou-se à conclusão de que o procedimento seria inviável por conta do seu valor – estimado à época em R$ 200 milhões.




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