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Bebidas alcoólicas a menores

Projeto de lei do governo do Estado que proíbe a venda, o fornecimento e a facilitação de bebidas alcoólicas a

Wilson Marini
15/09/2011 | 00:00
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Projeto de lei do governo do Estado que proíbe a venda, o fornecimento e a facilitação de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos está em tramitação entre os deputados estaduais desde agosto. Se for aprovado, o comércio que descumprir a medida será multado e, em caso de reincidência, perderá o alvará de funcionamento.
Pesquisa da Unifesp junto às escolas particulares do Estado revela que a maioria dos jovens entrevistados começou a beber antes dos 13 anos, grande parte com o consentimento dos pais ou responsável. Os meninos preferem beber cerveja e chopp e as meninas, caipirinha. As meninas bebem mais que os meninos. A publicidade e a profusão de cervejarias e de outros segmentos da indústria alcoólica nas mídias e redes sociais, são considerados fatores relevantes para o aumento do consumo de bebidas entre os jovens.

Exemplo
A pequena cidade de Tarumã, perto de Assis, implantou em 2007 projeto-piloto com o objetivo de educar a população e diminuir os índices de violência na cidade. Os índices de violência caíram pela metade. Antes da medida, a população gastava cerca de 12% do orçamento familiar com o uso de algum tipo de droga.
A iniciativa privada também tem se mostrado preocupada com o aumento do consumo de bebidas entre os jovens. Há quatro anos, a rede de supermercados Walmart implantou um sistema que "trava" a compra de qualquer item de bebida alcoólica para menores de idade, e só libera o produto após a operadora checar o documento de identidade do cliente e digitar sua data de nascimento. O grupo Pão de Açúcar também instalou em suas lojas, nos estados de São Paulo e Paraná, sistema semelhante ao utilizado pelo Walmart. Até o final do ano, todas as lojas usarão o sistema de verificação por código de barras.
A Ambev informou que seus produtos terão um selo com o ícone "+ID", uma forma de obrigar o consumidor a apresentar documento na hora da compra. Além disso, fará uma campanha nos pontos de venda com cartazes e adesivos, a veiculação de um filme na tevê e peças publicitárias em jornais e revistas. As informações são da Assembleia Legislativa do Estado.


Higiene
O deputado estadual Campos Machado (PTB) quer padronizar o fechamento das embalagens de bebidas de modo a assegurar mais higiene ao consumidor. Pretende tornar obrigatório o uso de lacre higiênico na parte externa das tampas, copos e garrafas que contenham bebidas de toda espécie, fabricadas ou comercializadas no Estado. Estudos realizados por laboratórios da USP comprovaram a eficácia da medida ao reduzir microorganismos em 80%. "O projeto, se aprovado, passará a ser uma lei de proteção a milhões de pessoas, livrando-as de contrair doença como a leptospirose, provocada pela urina do rato, que, geralmente, se acumula nos depósitos, normalmente sujos", diz o deputado.

Tempo seco
O Interior Paulista está há 100 dias sem chuva significativa (mais que 10 mm). O desafio na agricultura é manter a plantação irrigada. Em alguns momentos a baixa umidade do ar rivaliza com a secura dos desertos. Seria "normal" e esperada essa secura extrema nos centros urbanos do sudeste e centro-oeste? Diz o diretor científico da Organização Não Governamental (ONG) Amigos da Água, Rodolfo Bonafim: "É claro que cidades do nosso Interior nessa época ficam no estado de seca, mas não deveria ser tanto, especialmente as cidades mais próximas do oceano". Ele atribui o fenômeno ao aquecimento global com efeitos locais. "As mudanças globais propiciam diversos bloqueios atmosféricos, que causam amplos contrastes".  Como exemplo, lembra que em Ribeirão Preto, cidade costumeiramente quente do Norte paulista, atingiu-se num dia em agosto a máxima de 17ºC. Houve queda brusca da temperatura também em Corumbá, Dourados, Ponta Porã, Campo Grande e até Cuiabá, regiões habitualmente quentes. "Porém, nos intervalos entre uma massa de ar polar e outra, o calor se fez muito presente nessas mesmas localidades, reduzindo  dramaticamente a umidade relativa do ar a níveis de aridez", explica Bonafim.

Energia mais justa
Ultrapassa 110 mil o número de assinaturas no manifesto pelo preço justo na energia lançado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) com o objetivo de cobrar a realização de novos leilões no setor elétrico brasileiro. Estudo da entidade mostra que apesar de o Brasil ter um dos mais baixos custos na geração de energia elétrica, os brasileiros pagam um dos preços mais caros do mundo. A tarifa final média paga pelo consumidor brasileiro chega a R$ 341,51 por MegaWatt/hora, bem acima do que é cobrado em países como EUA, China, Índia, Alemanha, França, Japão e Canadá. Informações: www.energiaprecojusto.com.br




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