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Mulher é atropelada em perseguição policial em Diadema
Por Luciano Cavenagui
Da Sucursal de Diadema
05/09/2008 | 07:00
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A pedagoga Cilda Pinheiro Cavalcante, 43 anos, foi atropelada na última quinta-feira em uma perseguição policial no Jardim Campanário, em Diadema. Ela atravessava a Avenida Brasília, por volta das 7h30, quando foi atingida por um Corsa da PM em alta velocidade.

A pedagoga sofreu traumatismo craniano e diversas fraturas e até a noite de quinta ela permanecia internada em estado grave no HC (Hospital das Clínicas), em São Paulo.

A vítima mora no Jardim Campanário, perto do local do acidente. Ela pretendia atravessar a avenida para cuidar de crianças que ficam na casa da irmã.

A família de Cilda disse que moradores e comerciantes locais informaram que o carro policial não estava com a sirene ligada e que teria atropelado a pedagoga na contramão da avenida. Entretanto, nenhuma testemunha ocular confirmou as informações.

A PM informou que a viatura perseguia um Siena preto com queixa de roubo e que esse carro teria batido antes na vítima. A pedagoga foi arremessada e ficou estendida na avenida.

O helicóptero da PM foi acionado para fazer o socorro. Aterrissou no terreno de um posto da Telefônica e levou a vítima até o HC.

A versão da PM, porém, é de que a perseguição ao Siena preto começou na Avenida Miguel Estéfano, na Vila Liviero, Zona Sul da Capital. Na Avenida Brasília, o Siena teria batido primeiro na vítima, que foi jogada contra o pára-brisa do carro policial.

O motorista do Siena fugiu do local. Até o momento do registro do caso no 3º DP de Diadema, no período da manhã, não havia no sistema da polícia queixa de roubo do veículo. Isso só ocorreu à tarde, quando o Siena também foi achado, a cerca de 200 metros do local do atropelamento.

A viatura é da 6ª Companhia do 3º Batalhão, na Zona Sul de São Paulo, e era ocupada pelos policiais Adriano Antônio de Novaes, 23 anos, que dirigia o Corsa, além de Anselmo Silva Ferreira, 26.
A família da pedagoga está revoltada. "Os policiais foram imprudentes. Não poderiam dirigir a viatura daquele jeito. Todo mundo aqui do bairro disse que eles foram pela contramão e não estavam com a sirene ligada", afirmou a irmã da pedagoga, Silvia Pinheiro Cavalcante.

"Queremos justiça. Isso não pode ficar impune. Vamos processar a PM por tudo o que ocorreu. Minha irmã está jogada na cama do hospital por causa deles", disse Sirlene Pinheiro Cavalcante.




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