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Laboratório na região mira uso de alumínio na fabricação de carros

Iniciativa da Fundação Santo André é inédita na
América Latina e tem como objetivo estudar metal

Vagner Aquino
Gabriel Russini
Do Diário do Grande ABC
05/10/2017 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Quanto mais leve o carro, melhor é a eficiência energética. Afinal, menos peso significa menor esforço para sair da inércia, o que implica na redução do consumo de combustível e emissão de poluentes. É de olho nisso que a Fundação Santo André trabalha para a implantação do CTAA (Centro de Tecnologia do Alumínio Automotivo), o primeiro do gênero na América Latina.

De acordo com a entidade, que não revelou o aporte de investimento para a viabilização do centro, o novo projeto contempla o programa de reestruturação. O objetivo é fomentar a utilização do componente para fabricação de veículos na região, uma vez que o alumínio é um dos metais existentes em grande quantidade no planeta.

Ainda assim, o setor automotivo nacional tem postergado o uso intensivo do metal, quadro que precisa se reverter. Uma vez que o ferro, largamente utilizado hoje nas carrocerias, é mais pesado e tem duração inferior ao alumínio. Vale lembrar que o Grande ABC conta com seis montadoras ao todo. Volkswagen, Ford, Toyota e Scania em São Bernardo, além da General Motors, situada em São Caetano.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Santo André, Ailton Lima, haverá uma reunião da entidade com autoridades e representantes das empresas da região na próxima semana. “Vamos conversar sobre o programa, verificar o interesse das montadoras e, o mais importante, estar à disposição para ajudar no que for preciso”. Lima também afirmou que o encontro será realizado no gabinete do prefeito Paulo Serra (PSDB).

“Quando o Brasil tiver seu momento de aplicação do alumínio, de 2020 em diante, é necessário estar preparado. Não dá para esperar até lá para aprender como se fixa as peças e ainda como processá-las em linhas produtivas junto com o aço e em banhos de pintura sem contaminação do meio”, aponta o professor da Fundação Santo André Edvaldo Luis Rossini.

No Brasil, a utilização do alumínio nos veículos ronda os 50 quilos. Já, na Europa, a média é de 150 quilos. Em terras tupiniquins, parte da culpa pela falta do uso de alumínio se dá devido à ausência de fabricantes locais, investimento e conhecimento. É justamente aí que entra o interesse em implantar o CTAA. “Nossa meta é ser o caminho oficial de apoio tecnológico para peças de alumínio, além de certificar e capacitar profissionais (engenheiros)”, salienta o engenheiro Antonio Carlos Assis, diretor da SAE Brasil e integrante de comitês da Abal (Associação Brasileira de Alumínio). 




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