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Chapa única concorre no Sindicato de Sto. André
Do Diário do Grande ABC
10/04/1999 | 13:27
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No Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, no Grande ABC (SP), uma única chapa vai concorrer à eleiçao. O atual presidente, José Tomaz Neto, apóia o nome do tesoureiro, Cícero Firmino da Silva, o "Martinha", para a presidência. Este sindicato, o mais antigo do ABC, desapareceu no início da década, após processo de unificaçao com o sindicato de Sao Bernardo do Campo (SP). Renasceu em 1996, depois de um "racha" histórico no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Atualmente tem autonomia, embora ainda lute na Justiça pelo direito de representar os metalúrgicos de Santo André.

Tomaz Neto e "Martinha" foram os líderes desse renascimento da entidade. Mas, para isso, tiveram de desafiar a toda a cúpula da Central Unica dos Trabalhadores (CUT). Atualmente, na Força Sindical, eles também estao empunhando a bandeira do fortalecimento da representaçao nos locais de trabalho: dos 72 diretores, 40 ficarao nas fábricas. Além disso, conseguiram criar no sindicato uma extençao do Centro de Solidariedade ao Trabalhador, criaçao da Força Sindical, que teve sucesso sem precedentes em Sao Paulo.

O centro é uma espécie de agência de emprego, informatizada, que ajuda trabalhadores na busca por um posto de trabalho, libera seguro-desemprego e encaminha para cursos de qualificaçao profissional.

Também haverá eleiçao em Sao Caetano do Sul. A disputa promete ser a mais quente da regiao. O candidato à reeleiçao no Sindicato dos Metalúrgicos de Sao Caetano Sul, Aparecido Inácio da Silva, o "Cidao", da Força Sindical, está ignorando o fato de o adversário da Chapa 2, Marcelo Toledo, ser da CUT. "Força Sindical e CUT estao hoje muito parecidas", afirma. "A CUT caiu na real e está aproximando-se da gente, partindo para o sindicalismo de resultados, e a Força Sindical está aproximando-se da CUT, ao praticar um sindicalismo mais politizado." O opositor, Marcelo Toledo, critica sim os acordos mas ataca com mais veemência a falta de democracia no sindicato (controlado quase que desde sempre pelo mesmo grupo político).

Além disso, ele lembra que o grupo de "Cidao" nao tem mais representantes nas fábricas de Sao Caetano do Sul. Muitos dos sindicalistas que ganharam a última eleiçao, há três anos, acabaram saindo das fábricas com vantajosos acordos financeiros firmados com as empresas. No jargao sindical, isso é um pecado mortal: vender o mandato (por meio de acordo com a empresa), em vez de representar os trabalhadores.




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