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Brinquedos, um mercado de R$ 1 bilhão
Por Letícia Casado
Do Diário do Grande ABC
21/03/2007 | 07:00
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As vésperas da 24ª Feira de Brinquedos, programada para abril, em São Paulo, as expectativas para o crescimento do setor em 2007 não são nada ousadas: tanto varejo quanto indústria devem crescer 4% a mais do que no ano passado. A estimativa é da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), que projeta faturamento de pouco mais de R$ 1 bilhão para o setor neste ano.

Entretanto, as grandes empresas apostam em números maiores. A Grow, uma das três maiores fabricantes do Brasil, com unidade em São Bernardo, espera crescer 10% nesse ano; a perspectiva é a mesma da Lego, distribuidora de produtos importados, e da gigante do varejo PB Kids. A Ri Happy, maior rede de lojas de brinquedos do País, estima um crescimento de 8% para 2007.

Os dados do mercado indicam que esses casos são as exceções. No ano passado foram fabricados 4% de brinquedos a mais do que em 2005, mas o crescimento não foi expressivo: apenas 3% – quando as projeções iniciais giravam em torno de 5%. Os empresários afirmam que o excesso de produtos chineses no mercado acaba com a competitividade dos fabricantes nacionais.

“Acho que crescer 4% é uma tragédia”, disse Ricardo Sayon, diretor comercial da Ri Happy. E completou: “é o mesmo crescimento do PIB brasileiro”. Segundo ele, a economia está numa fase positiva e houve aumento do poder de consumo das classes D e E. Aliado a isso está o fato de que produtos com maior valor agregado, como os brinquedos eletrônicos, devem liderar as vendas do setor.

“No ano passado quebrou-se o paradigma de o brinquedo não ter alto valor agregado, e entramos definitivamente no campo dos eletrônicos. O setor tem que crescer mais”, ressaltou.

A Lego, que passou por uma reestruturação da marca e ampliou as vendas em 25% no ano passado, afirma que após criadas as devidas condições, o setor pode crescer até 8% ainda neste ano. Robério Esteves, gerente de operações Lego no Brasil, garante que é preciso estabilizar o cenário interno e o dólar, para depois poder acompanhar os desdobramentos na economia nacional – principalmente nas indústrias. “Cabe a nós apresentar ao mercado os lançamentos na hora certa. Temos que ter produtos o ano todo, com foco no Dia das Crianças e no Natal. E com preço acessível”, disse.



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