O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), rejeitou a sugestão de vereadores da cidade para que o município deixe o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC.

“Não passa pela minha cabeça (sair do Consórcio). Temos de fortalecê-lo. Claro que o Consórcio ficou marcado pela pouca produtividade e pelo baixo volume de investimentos na nossa cidade. Mas o debate, acredito, tem de ser regional”, declarou o chefe do Executivo mauaense.

Na terça-feira, durante a sessão, os vereadores Professor Betinho (PSDC) e Manoel Lopes (DEM) insinuaram que Mauá deveria seguir o caminho do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), que anunciou que a cidade vai se descredenciar do Consórcio – a decisão de Lauro, aliás, vai parar na Justiça, uma vez que o verde não tem aval legislativo para essa mudança. Tanto Betinho quanto Manoel declararam que é baixa a quantidade de recursos para Mauá vindos por articulação do colegiado de prefeitos.

Atila concordou com parte do discurso de dois dos vereadores de sua base de sustentação. “O governo do Estado e a União viraram as costas para o Grande ABC. Você vê outras regiões recebendo investimentos (externos) e o Grande ABC nada. Nossa região é o coração da economia nacional. O Consórcio deveria intervir, não pode ser só um local onde os prefeitos se reúnem uma vez por mês.”

Na visão do socialista, a criação da Casa do Grande ABC em Brasília ajudará a alterar o panorama de passividade que o colegiado viveu até a atual legislatura. “Acredito que dará outro sentido ao Consórcio. Há verba do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) de diversos setores, como Mobilidade e saneamento. Talvez possa ser a chave que abrirá portas dos cofres de investimentos do governo federal para nossa região.”

A Casa do Grande ABC em Brasília vai abrir oficialmente no dia 28. A ideia do Consórcio é manter um escritório na Capital Federal, com um líder e funcionários, para buscar dinheiro para obras na região. Ainda não foi definido quem coordenará esse espaço em Brasília.