O delegado da Polícia Federal de Mato Grosso Renato Sayão começa a ouvir na manhã desta terça-feira, em Brasília, os controladores e supervisores de vôo que trabalhavam no dia do acidente com o Boeing da Gol. De acordo com a PF, até quarta o delegado deve tomar o depoimento de dez responsáveis pelo controle do tráfego aéreo das torres de Manaus, Brasília e São José dos Campos.

O local dos depoimentos será mantido em sigilo. Sayão conduz o inquérito, instaurado em 5 de outubro pela PF, para apurar as responsabilidades sobre a colisão entre o Boeing e um jato Legacy, no dia 29 de setembro, que provocou a morte dos 154 ocupantes do avião da Gol.

O delegado quer mais 60 dias para concluir as investigações e apresentar o relatório sobre o caso. No início da semana que vem, Renato Sayão pedirá à Justiça Federal em Sinop (MT) a prorrogação do inquérito.

Na quarta, ele retorna para Cuiabá, onde aguardará a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre a competência das investigações, que estão sendo conduzidas paralelamente pela PF e pela Polícia Civil de Mato Grosso.

O Boeing da Gol caiu em área de floresta no norte de Mato Grosso quando fazia o vôo 1907, entre Manaus e o Rio de Janeiro, com escala prevista em Brasília. Já o Legacy decolou de São José dos Campos com destino aos Estados Unidos. Depois do choque, os pilotos do jato conseguiram fazer um pouso de emergência e nenhuma das sete pessoas a bordo ficou ferida.