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Furlan anuncia acordos entre Brasil e Uruguai em Montevidéu
Da AFP
26/03/2007 | 17:19
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O ministro brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, informou nesta segunda-feira, em Montevidéu, capital do Uruguai, que está assinando acordos sobre automóveis, gás e cimento com empresários e autoridades uruguaias.

Segundo Furlan, que lidera um grupo de autoridades e empresários brasileiros em visita ao país vizinho, a Petrobras fechou acordo com a estatal uruguaia Ancap para a construção de uma refinaria e a Camargo Correa, para abrir uma fábrica de cimento no Uruguai.

O embaixador brasileiro na capital uruguaia, José Felicio, indicou que a Petrobras vai processar gás liquefeito importado, por barco, provavelmente para a produção de energia termelétrica e para exportação.

Furlan esclareceu que o acordo da Petrobras foi assinado, mas as duas partes ainda terão de estudar o montante necessário para dar início ao projeto. Segundo estimativas, os investimentos devem ficar entre US$ 600 mil e US$ 1 bilhão.

Já o diretor da Camargo Correa, Humberto Farias, afirmou que a nova fábrica de cimento, que será construída na cidade de Paysandú (noroeste do Uruguai), terá investimento de US$ 130 milhões em duas etapas. “A idéia é começar a operar no primeiro trimestre de 2009”, declarou.

Ele explicou ainda que, no início, a fábrica exportará para a Argentina e o Paraguai, e vai criar 140 postos de trabalho direitos. A Camargo Correa já tem investimentos no ramo no Uruguai, onde atuava com a empresa argentina Loma Negra.

Sobre o acordo no setor automotivo, Furlan disse que “está sendo implantado um regime para blindados com cotas de até dois mil veículos por ano que o Uruguai poderá exportar para o Brasil.

Segundo o ministro, todas as categorias, com exceção dos veículos de até 1.500 kg, terão comércio livre. “Os veículos comerciais mais leves terão regras especiais. Vamos seguir as cotas de 6.500 automóveis leves para a exportação do Brasil para o Uruguai e de 22 mil veículos (sendo dois mil deles blindados) do Uruguai para o Brasil.

Este sistema vai valer até 1º de julho de 2008, quando os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela) terminam de negociar a política automobilística comum, processo que terá início em 1º de julho de 2007.

Furlan disse que, depois, as disposições do acordo bilateral serão substituídas pelas disposições da política automobilística do Mercosul.

A missão empresarial encabeçada pelo ministro brasileiro no Uruguai é integrada por empresários e representantes do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e do Banco do Brasil. “As duas entidades estão dispostas a financiar projetos de interesse bilateral e não somente para a produção e a indústria, mas também para a infra-estrutura”, assinalou Furlan.

“Como disse o presidente Lula, o Brasil pode ajudar o Uruguai em projetos de infra-estrutura”, afirmou Furlan, citando como exemplo ferrovias, pontes entre os dois países e sistema de abastecimento de água para Montevidéu.




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