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Desfiles do Fashion Rio usam cidade maravilhosa como moldura
Luciana Bugni
Enviada especial ao Rio
09/06/2006 | 08:01
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Tudo bem que os desfiles de moda há algum tempo deixaram de ser apenas um vai-e-vem de modelos magrelas em uma passarela. Tudo bem que hoje é preciso de trilha sonora bem escolhida, muitas vezes feita ao vivo, cenário primoroso e performances, além de certa dose de emoção. Mas quando alguma grife une tudo isso, vira uma grande produção, como foi o caso de Alessa na manhã de quinta-feira, terceiro dia de Fashion Rio. A estilista, que já é conhecida por desfiles em locais inusitados, de um supermercado à própria casa, levou os convidados de bondinho ao morro da Urca e lá apresentou sua coleção de verão. O público se misturava aos turistas, em cenário deslumbrante.

A inspiração de Alessa veio do termo Cariocaholic, uma brincadeira com o vício de ser carioca e o nome de sua agência, Dreamaholic. A palavra estampava a camiseta de um saxofonista, que entrou solando músicas da bossa-nova, como “O morro não tem vez”. As modelos passavam próximas ao cercado, com a baía de Guanabara e o Corcovado ao fundo. As peças evidenciavam o Rio de Janeiro nas estampas e frases. A lagoa estava em uma saia, placas de trânsito que indicavam atrações turísticas em uma camiseta. As saias podiam ser mini ou maxi, sempre em camadas ou babados, repletas de sianinhas. Renda e uma mistura de cores fortes tinham seu lugar, sem deixar de lado o branco e o preto. Alessa veio no fim da apresentação, com um tomara-que-caia longo com enorme estampa de seu rosto.

Quando o público já se dirigia à fila do bondinho, para ir embora, um helicóptero pousou no Pão de Açúcar e fez com que todos corressem para a grade, para ver o que estava acontecendo. Gianne Albertoni, em ótima forma, desceu com um biquíni e capa, e se posicionou para tomar sol, após passar óleo bronzeador, enquanto o saxofonista tocava Garota de Ipanema. “A idéia era que as pessoas se debruçassem sobre a cidade, nesse dia lindo. Ser carioca é ser chique em qualquer lugar”, disse a estilista.

Desfiles – A Maria Bonita Extra foi o destaque dos desfiles da tarde de quinta-feira. O macaquinho, tipo de macacão bem curto, promete ser a grande sensação do verão. As peças da Santa Ephigênia traziam as curvas do Rio, além de xadrez em branco e preto, laçarotes, que lembravam a década de 1950, e mangas bufantes. A Permanente, de Andrea Saletto, apostou em formas amplas, das saias aos macacões.

O dourado estava na luz, no fundo da passarela, no carpete, no detalhe das roupas e na maquiagem de Carol Trentini, que abriu o desfile da Animale. O fundo do mar foi a inspiração da grife.

A AcquaStudio e a Redley fecharam a noite. Hoje não se falará em outra coisa que não seja Gisele Bündchen, que desfila para a Colcci, às 21h30.




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