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Dono da Wickbold é seqüestrado
Alexandre Hisayasu
Da Redaçao
25/08/2000 | 00:16
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O empresário Ronaldo Wickbold, 50 anos, sócio-proprietário da Wickbold - que atua no ramo de paes industrializados - foi seqüestrado na tarde de quarta-feira, quando estava parado em seu Mazda em um semáforo da avenida Cupecê, Zona Sul de Sao Paulo, instantes depois de sair da empresa, que tem sede em Diadema.

Em menos de 24h, José Roberto Barreto dos Santos, 33 anos, e José Pereira da Silva, 37, suspeitos de pertencer à quadrilha, foram presos pela Polícia Militar de Sao Bernardo quando tentavam fazer compras com o cartao de crédito da vítima em um hipermercado. A Deas (Delegacia Anti-Seqüestro) foi com um dos suspeitos até o local do cativeiro e libertou o empresário.

De acordo com o policial militar Claudio Soares da Silva, do 6º Batalhao, por volta das 13h30, os dois rapazes foram até o hipermercado Extra da via Anchieta, em Sao Bernardo, e compraram diversos eletrodomésticos. Na hora de pagar, eles apresentaram o cartao de crédito de Wickbold. "Quando a funcionária pediu o RG, eles cancelaram a compra. A segurança foi chamada e, em seguida, a PM", disse.

A dupla disse que havia encontrado o cartao na rua. Os policiais desconfiaram, pois nao havia pedido de cancelamento, e telefonaram para a empresa. Um policial do Deas atendeu a ligaçao. "Fomos informados que ele (Wickbold) havia sido seqüestrado. Em seguida, demos voz de prisao aos dois", explicou o policial militar Isaque de Paula. 

Uma equipe da Deas seguiu até o hipermercado e prendeu os acusados. Durante o interrogatório, um deles concordou em levar os policiais até o local onde seria o cativeiro. No ponto indicado pelo seqüestrador, na rua Virgílio Gonçalves Leite, no Jardim Míriam, em Sao Paulo, o empresário foi localizado e solto.

Segundo o delegado Maurício Guimaraes Rosa, a dupla pertence a uma quadrilha especializada em seqüestros, inclusive com atuaçao freqüente no Grande ABC. "José Pereira já confessou informalmente que seqüestrou um empresário na Freguesia do O, há cerca de 20 dias", disse o delegado.  

O que surpreendeu Guimaraes, foi o fato de a polícia só ter sido avisada pela própria família sobre o seqüestro do empresário. "No horário em que o crime aconteceu, por volta das 16h, várias pessoas viram a açao dos bandidos, mas ninguém acionou a polícia. Isso ajudou os seqüestradores", disse.




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