Moradores que dependem de serviços básicos devem ficar atentos hoje ao funcionamento do sistema de transporte público e instituições de ensino no Grande ABC. Em protesto contra a reforma da Previdência proposta pelo governo federal, as categorias prometem paralisar as atividades.

Dentre os serviços que devem ser prejudicados com a paralisação está o transporte coletivo da região. Assim como foi negociado na Capital, a diretoria do Sintetra (Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC) aderiu à paralisação parcial do serviço. Funcionários de linhas municipais e intermunicipais dos sete municípios prometem cruzar os braços até as 8h.

Quem utiliza o sistema de Metrô da Capital deve buscar alternativas. Embora o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) tenha concedido ontem à noite liminar que obriga o Sindicato dos Metroviários a manter efetivo de 100% nos horários de pico (das 6h às 9h, e das 16h às 19h) e 70% nos demais horários, sob pena de aplicação de multa de R$ 100 mil por dia, a entidade aderiu à greve.

Os ferroviários, por sua vez, na contramão da paralisação, optaram por manter suas atividades. Dessa forma, cerca de 200 mil usuários da região que utilizam a Linha 10 - Turquesa não devem ter problema.

Na área da Educação, a expectativa da Apeoesp (Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) é a de que a adesão dos profissionais seja em torno de 80%. Apesar da pauta principal ser a reforma da Previdência, os professores também protestam contra a reforma do Ensino Médio, o fechamento de salas de aula e o congelamento dos salários por três anos.

Segundo o presidente do Sinpro-ABC (Sindicato dos Professores), José Jorge Maggio, a receptividade à greve dos profissionais da rede particular de Santo André, de São Bernardo e de São Caetano foi boa.