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Jogadores do Sto.André aprovam pré-temporada
Angelo Verotti
Do Diário do Grande ABC
14/03/2002 | 00:22
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No futebol, muitos jogadores não conseguem nem ouvir falar na palavra concentração. Outros até aceitam a idéia. No entanto, preferem se manter afastados do “retiro”. Mas há aqueles que gostam de permanecer alguns dias – às vezes semanas – “enclausurados” em um local, de preferência, distante do barulho, da poluição, da bagunça e do corre-corre das grandes cidades. E é nesse grupo que se encaixam os atletas do Santo André, que desde terça-feira realizam uma mini pré-temporada no Hotel Estância Santa Luzia, em Mauá, a segunda do semestre, já que antes do início do Estadual a equipe se concentrou por duas semanas em Araraquara.

Para o técnico Luiz Carlos Ferreira, a concentração é o local ideal para se preparar a equipe para uma competição. “Aqui, os jogadores se alimentam e descansam corretamente, desfrutam de uma completa infra-estrutura, com piscina, sala de musculação, quadra de tênis e ótimas acomodações”, disse o treinador. “Isso sem contar que os atletas ficam mais tempo juntos, o que faz aumentar a amizade e companheirismo entre eles.”

O lateral-direito Nelsinho tem opinião semelhante à de Ferreira. Segundo ele, a única coisa que pesa quando ficam muito tempo concentrados é a saudade da família. “Já moro com a minha esposa (Evelise) há dois anos. Mas tem horas em que não é fácil ficar afastado de casa”, afirmou o jogador, que costuma matar a saudade da esposa por meio do telefone. “Nos falamos todas as noites. Esse é o preço que se tem de pagar por estar no futebol.”

A situação do lateral-esquerdo Marcão não é muito diferente da do companheiro de quarto. Casado há dois anos, o jogador afirmou que não é fácil ficar afastado da esposa Márcia. Mas garante que eles já se acostumaram com a rotina. “Quando eu defendia o São Caetano e estávamos na Copa João Havelange de 2000, ficamos concentrados por diversas vezes em Atibaia. Nós só víamos nossa família no fim de semana”, disse o lateral, que apesar de tudo aprova a concentração. “Ela ajuda os jogadores a se enturmarem mais e a se prepararem para os jogos que teremos pela frente.”

Para o goleiro Maurício, a concentração já virou algo do dia-a-dia. Casado há 16 anos com Míriam e pai de três filhos, o jogador disse que a família já se acostumou com a distância. “No começo é mais difícil aceitar uma coisa dessas. Mas depois as coisas se acertam e você já passa a ver essa situação como algo normal.”




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