Recém-alçada ao posto de quinta principal vendedora de motos no Brasil, a Kasinski não quer apenas aumentar exponencialmente os números de vendas oferecendo novas motocicletas populares. De olho no futuro, a marca de origem chinesa promete lançar a partir de 2011 sete magrelas movidas a eletricidade - duas bicicletas, dois scooters e outras três consideradas de alta performance (com velocidade máxima por volta de 120 km/h). Todas serão produzidas na nova fábrica da Kasinski no Rio de Janeiro, que já recebeu investimento de R$ 20 milhões e deve iniciar as atividades no primeiro semestre do próximo ano.

Enquanto aguardamos as novidades ecologicamente corretas da Kasinski, vamos conhecer o Prima Electra, primeiro scooter elétrico a ser produzido no País. Montado na linha da Kasinski na Zona Franca de Manaus (AM), o Electra custa R$ 5.290 e traz motor elétrico com potência máxima de 2.000 watts, alimentado com bateria de chumbo ácida de 48 volts, que pode ser recarregada em qualquer tomada - R$ 1,10 (em média) por recarga. A autonomia, no entanto, não é de empolgar - como todos os veículos exclusivamente elétricos. São apenas 50 quilômetros. A emissão de gases é zero.

O principal atrativo da magrela urbanóide de 1,75 metro de comprimento e 128 quilos é a possibilidade de escolher entre três tipos de condução: econômica, conforto e esportiva. A primeira (econômica), como o próprio nome diz, busca utilizar o mínimo necessário da bateria, privilegiando a economia de energia e a maior autonomia. A segunda (conforto) é ideal para trechos de média inclinação que necessite de velocidade moderada. A terceira (esportiva) oferece maior potência para momentos cruciais da condução, como uma ultrapassagem. A velocidade máxima é de 60 km/h, ideal para encarar o dia a dia das cidades grandes, como algumas do Grande ABC.

O design do Prima Electra é compacto e não abre mão das características de um scooter comum movida a combustão - como, por exemplo, o irmão Prima 150. Oferecido exclusivamente em duas cores - prata e vermelha -, o Electra já vem com baú traseiro, gancho frontal para o transporte de sacolas e bolsas, rodas de alumínio e freio dianteiro a disco - tambor na traseira. O painel de instrumentos traz leitores redondos, com destaque para o velocímetro e, principalmente, para o indicador de carga da bateria.

É uma excelente opção para o cotidiano congestionado que vivemos. Quem sabe, quando passar a ser produzida no Rio de Janeiro, com maior quantidade de fornecedores locais, o preço do Prima Electra caia um pouco - apesar de já ser competitivo. Caso contrário, espere pelas bicicletas elétricas (dois modelos) que serão lançadas em 2011. Ou então aguardem o Kasinski mini-scooter elétrico. O fato é: opções ecologicamente corretas não faltarão. Faça sua escolha.