Após fracassar na tentativa de voltar a ser vereador de Mauá nesta eleição, o ex-prefeito interino Diniz Lopes (PSB) atrelou sua derrota – teve 1.152 votos – à diminuição do tempo de campanha, reduzida para 45 dias neste pleito, somado ao fato de, segundo ele, ter demorado para definir que seria candidato ao Legislativo.

“Se eu tivesse decidido ser candidato (a vereador) seis meses antes da eleição, o resultado seria diferente. Muita gente não sabia que eu era candidato a vereador e, quando souberam, já tinham feito suas escolhas”, justificou. O socialista rejeitou a alcunha de derrotado e contabiliza triunfos de outros parlamentares como vitórias próprias, entre elas as dos vereadores reeleitos Betinho da Dragões (PR), Melão (PPS) e Jotão (PSDB). “Eles vieram do meu grupo, eram lideranças que me apoiavam. Ninguém nunca conseguiu esse feito”, argumentou.

Diniz foi prefeito de Mauá em 2005, durante impasse jurídico que terminou na cassação da candidatura, às vésperas do segundo turno, de Márcio Chaves (PSD), mais votado na primeira etapa do pleito. À época, Diniz presidia a Câmara e governou interinamente o município. Só no fim daquele ano que a Justiça Eleitoral declarou como eleito o segundo colocado, Leonel Damo (PMDB).

O socialista não foi o único ex-chefe do Executivo que fracassou na tentativa de abocanhar vaga no Legislativo. Em Diadema, os ex-prefeitos José Augusto da Silva Ramos (PSDB) e Gilson Menezes (PDT) também tiveram desempenho insuficiente para garantir mandato.

O tucano, que chegou a ser eleito vereador mais votado da cidade em 2012 (recebeu 7.254 votos), viu seu recall eleitoral ser drasticamente reduzido para 2.240 sufrágios. Já Gilson Menezes foi pior. Prefeito por dois mandatos (1983-1988 e 1997 a 2000) e duas vezes deputado estadual (1991 a 1994 e 1995 a 1996), teve inexpressiva votação de 360 votos.