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Tucanos buscam desfrutar de efeito Doria no 2º turno

Mais do que o governador Geraldo Alckmin, candidatos do PSDB tentam colar imagem com o prefeito eleito na Capital

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
09/10/2016 | 07:00
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André Henriques/DGABC


 As candidaturas ligadas ao tucanato no Grande ABC miram usufruir do efeito João Doria (PSDB) na Capital para consolidar o resultado da etapa inicial neste segundo turno do pleito. O plano dos correligionários e nomes da base aliada passa não apenas pelo apoio do governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB). Os prefeituráveis Paulinho Serra (PSDB), de Santo André, Orlando Morando (PSDB), de São Bernardo, Lauro Michels (PV, ex-tucano e com apoio do PSDB), chefe do Executivo de Diadema, e Atila Jacomussi (PSB, que recebeu ontem adesão formal das direções municipal e estadual da legenda), todos na disputa, buscam colar imagem na campanha do prefeito eleito de São Paulo.

Doria registrou ascensão na reta final do processo, obtendo 3.085 milhões de votos (53,29%), impedindo a reeleição do petista Fernando Haddad (967,190 mil, ou 16,70%). O candidato paulistano é o primeiro prefeito eleito na Capital em primeiro turno desde 1992, quando a eleição passou a ter possibilidade de duas fases. Com a turbinada do correligionário, o quarteto de pleiteantes do tucanato e partidos aliados na região tenta acertar agenda para atividade eleitoral nos próximos dias, provavelmente em ações subsequenciais nas respectivas cidades, com objetivo de atrelar as propostas e promover essa identificação, principalmente pela falta de propaganda eleitoral dos postulantes locais na TV.

Morando e Paulinho consideram que a chamada onda azul, que apareceu também no Grande ABC, berço do petismo, teve um pouco da influência da capilaridade de Doria, mas não determinante para afetar a alavancada. Ambos passaram para a etapa derradeira na frente dos rivais Alex Manente (PPS) e Carlos Grana (PT), respectivamente. “O PSDB não teve o mesmo saldo satisfatório de São Bernardo e Santo André como em outras grandes, a exemplo de Guarulhos, Osasco e Mauá. Vejo que o aspecto local foi fundamental, com o trabalho e apresentação de propostas. Acredito no efeito Doria neste segundo turno. Hoje ele virou popstar da política, a bola da vez. Criou-se nele figura de confiança”, disse Morando, ao emendar que colocará em discussão os problemas conjuntos com São Paulo.

Paulinho alegou que vê semelhanças na campanha do correligionário na condução de empreitada “propositiva, sem ataques”. Para o candidato andreense, o grande combustível “é sentimento de mudança” na cidade. “Prova disso é que as candidaturas que mais surpreenderam foram de duas pessoas que nunca tinham concorrido pela Prefeitura”, pontuou, referindo-se a ele e ao postulante do SD, Ailton Lima, atualmente aliado nesta segunda etapa e que conquistou 49,9 mil votos, assegurando a quarta colocação.

Professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, o cientista político Rui Tavares Maluf sustentou que “há possibilidade real” de reflexo da campanha de Doria nas demais cidades da Região Metropolitana em função da proximidade territorial. “Grande parte do eleitorado (do Grande ABC) trabalha ou transita na Capital. Isso é fator que influencia. É tendência, pois existe limitação pela questão de TV.”




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