Eleições 2016 Titulo Quarto mantado de tucanos
Com 45% dos votos válidos, Rio Grande reelege Maranhão
Por Vagner Aquino
Do Diário do Grande ABC
03/10/2016 | 07:00
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Vivian Fernandes/Divulgação


Mesmo antes do fim da apuração das urnas, já era prevista a reeleição de Gabriel Maranhão (PSDB) ao Paço de Rio Grande da Serra. Poucos minutos após o término da votação, o resultado (de 45,47% dos votos válidos, 11.080 do total) tornou-se conhecido pelo público.

O tucano venceu tira-teima contra Claudinho da Geladeira, ex-vereador pelo PT, que alcançou 33,51% dos votos válidos (8.166 do total). O desempenho do petista foi abaixo do registrado há quatro anos, quando, como xodó do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Claudinho recebeu 9.454 adesões. Vale ressaltar que a performance de Maranhão também foi menor na comparação com quatro anos atrás (quando obteve 15.469 votos).

Com aposta de emplacar terceira via, os vereadores Cleson Alves (PMB) e Edvaldo Guerra (PMDB) pouco assustaram os adversários. Cleson, que vinha de três mandatos parlamentares pelo PT, alcançou 2.595 votos (10,65%), enquanto Guerra, ex-aliado de Maranhão, registrou 2.528 (10,37%).

A festa no menor município do Grande ABC durou pouco. Por volta das 18h, munidos dos BUs (Boletins de Urnas), aliados de Maranhão foram para frente do comitê central do tucano para celebrar a reeleição – o resultado oficial no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) só foi confirmado às 20h. Maranhão chegou na sequência e, em cima de caminhão de som, fez breve discurso, agradecendo aos apoiadores. Às 18h45, o festejo já tinha dissipado. Tudo porque Maranhão, apressado, fez questão de ir à vizinha Ribeirão Pires para torcer para seu padrinho político, Adler Kiko Teixeira (PSB), que concorria à Prefeitura local – o socialista venceu disputa acirrada contra Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), e Luiz Carlos Grecco (PRB).

“Vim partilhar desta alegria ao lado do meu irmão”, discorreu Gabriel Maranhão, ainda em cima do trio elétrico que animava a população ribeirão-pirense, no Centro da cidade.

Ao fim de sua futura gestão, Maranhão levará o mesmo grupo político a ficar 16 anos ininterruptos no poder em Rio Grande, saga essa iniciada com Kiko, em 2004. “É resultado do árduo trabalho que a gente realizou na cidade”. Se vai manter o secretariado, ele preferiu não comentar. “Não pensei nisso ainda. São planos futuros”, salientou ele.

Já em relação às novas metas de governo, obras e planos para a Cultura na cidade (já que investiu cerca de R$ 2 milhões na construção de anfiteatro, inaugurado em maio), Maranhão disse que agora é hora de descansar para, depois, voltar com toda força, munido de planejamento e projetos que nortearão seu mandato durante os próximos quatro anos. 

Petista se atrapalha ao votar; tucano exalta gestão

“Não está aparecendo a minha foto”, disse o candidato petista, Claudinho da Geladeira, enquanto votava na EE Edmundo Luiz da Nóbrega Teixeira, em Rio Grande da Serra. Porém, como tratava-se do primeiro voto (para vereador), uma das mesárias respondeu: “Está nervoso, não é? Beba um copo d’água”. Em meio a risos, o prefeiturável corrigiu a ação e finalizou sua votação.

Esta cena aconteceu quase uma hora e meia depois do previsto. Prometida para o meio-dia, a chegada de Claudinho ocorreu às 13h20, tudo porque ele foi, na companhia do vice Mauro da Autoescola (PTB), a pé até o colégio, cumprimentando seus eleitores pelas ruas da cidade.

O petista disse estar otimista, afinal, “fiz a campanha como precisava ser feita”. “Participei de reuniões, fiz carreata. Agora, é colocar nas mãos de Deus”.

Claudinho brincou com a crise do partido ao qual pertence. “Durante a campanha, não senti qualquer rejeição, entretanto soube que algumas pessoas falaram que votariam em mim, mesmo eu sendo do PT. Mas acredito que este não seja um defeito.”

De olho na reeleição, o prefeito Gabriel Maranhão (PSDB) também preferiu ficar em casa o dia inteiro. Muito otimista, o prefeiturável, que vota na mesma escola que o rival, chegou às 10h15 ovacionado pelo público – a quem cumprimentou com abraços e apertos de mão.

Acompanhado da família, o tucano exaltou o trabalho que realizou ao longo destes quatro anos. “A sensação é de dever cumprido. Fiz política com ‘P’ maiúsculo. Este é um momento de gratidão, cheio de conquistas relevantes, como a entrega de UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24 horas, pavimentação de ruas e concretização do Parque Linear”, disse ele, que prometeu construir a primeira maternidade da cidade.

Santinhos eram vistos por toda parte, principalmente na porta da escola. A boca de urna também era feita livremente. Uma mulher, que não quis se identificar, contou que havia sido ameaçada por fazer boca de urna, “mas ele (o denunciante) estava cometendo o mesmo crime, aí os policiais, que me conhecem, fizeram vista grossa”. 




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