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PT de Santo André decide não abrir inscrições a pré-candidatos ao Paço
Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
23/06/2011 | 07:01
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A executiva do PT de Santo André se reuniu ontem e resolveu, por ora, não abrir as inscrições para interessados em concorrer ao Paço em 2012. Todo esse cuidado é para evitar rachas internos e enfraquecer o grupo como aconteceu nas prévias de 2007 entre Vanderlei Siraque e Ivete Garcia.

O ex-prefeito João Avamileno declarou à época apoio a Siraque, enquanto sua equipe de governo optou por Ivete. Insatisfeito com o posicionamento de seu quadro, o então chefe do Executivo declarou "ter perdido a confiança em seus subordinados". Assim, 13 dos 16 secretários entregaram os cargos. O resultado foi a derrota nas eleições de 2008 para Aidan Ravin (PTB).

Agora, as inscrições para pré-candidatos seriam realizadas entre os dias 15 e 29. "Nesse momento achamos desnecessária a abertura. Vamos apresentar candidato até setembro. Se houver qualquer problema, abrimos inscrições lá na frente", explicou o presidente do PT local, Luiz Turco. Ele disse que o objetivo é manter o diálogo interno e chegar a consenso. "A expectativa é evitar a prévia." Para Turco, a decisão de ontem já mostra avanço.

A proposta de não fazer inscrições terá de ser referendada pelo diretório no dia 27.

Após Ivete Garcia, que hoje é chefe de Gabinete do líder da bancada do PT na Assembleia, Rui Falcão, retirar oficialmente seu nome da disputa, três nomes continuam no páreo: Siraque, Avamileno e o deputado estadual Carlos Grana.

Siraque afirmou que concorda com a saída encontrada pela executiva, mas deixa claro que é um dos mais empenhados em encabeçar a chapa rumo ao Paço. "Meu nome é um dos mais fortes para concorrer, mas não serei candidato a qualquer custo. Conversamos para não ter inscrições. Dei sugestão para não haver prévia."

O petista disse ter sugerido à direção do partido que fosse realizada pesquisa junto à população da cidade sobre quem seria o melhor candidato do PT. "Ainda não recebi resposta (da executiva). Tem que avaliar quem tem mais condições." Para Siraque, é maneira de evitar desgaste, uma vez que os pleiteantes são do mesmo grupo.

Há algum tempo Avamileno tem defendido que não haja inscrições. "Enquanto puder conversar é melhor, pois é menos complicado. Quando os nomes se tornam públicos, a militância começa. A executiva aprovou dessa maneira e foi ótimo. Acredito que a gente resolva isso nos próximos 60 dias."




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