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CUT ameaça greve para pressionar correção do FGTS
Por Do Diário OnLine
02/03/2001 | 11:45
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O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), José Felício, afirmou, nesta sexta-feira, que a mobilização dos trabalhadores em torno do pagamento da correção do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) poderá incluir greves nacionais, caso o governo não chegue a um acordo com os sindicalistas na reunião que acontece no dia 7, no gabinete do ministro do Trabalho, Francisco Dornelles.

Em entrevista à rádio Jovem Pan, Felício afirmou que o governo, até o momento, está apenas “enrolando” a população. O pagamento é referente aos expurgos provocados pelos planos Verão (janeiro de 1989) e Collor 1 (abril de 1990) e é estimado em cerca de R$ 40 bilhões.

Proposta - Nesta quinta, os dirigentes da CUT, da CGT e Força Sindical reuniram-se em São Paulo para formular uma proposta conjunta, a ser apresentada ao governo na próxima quarta-feira.

O ponto principal da proposta é aumentar a rentabilidade do FGTS. Uma das formas seria elevar a remuneração do fundo dos atuais 3% para 6% ao ano e aumentar a correção do Fundo de Compensação das Variações Salariais (FCVS) – utilizado para financiar o contrato da casa própria – de 6% para 15,25%.

Outra proposta é disponibilizar R$ 10 bilhões em ações, não só de estatais como também de empresas já privatizadas nas quais governo ainda possui participação, como a Embraer e Vale do Rio Doce, para os trabalhadores que se interessarem em receber a dívida em papéis.

A pauta das centrais prevê ainda elevar o imposto de renda das instituições financeiras, hoje em 15%, para um percentual ainda a ser definido, e aumentar de 8% para 9% a parcela sobre a folha de salários que as grandes empresas depositam no fundo. Além disso, os sindicalistas querem criar a “contribuição social”, pela qual as empresas pagariam, além da multa de 40% do FGTS ao trabalhador demitido, mais 10% do valor total da conta a um fundo com a finalidade de pagar o débito.




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