Política Titulo Incerteza
Psol lançará candidatura e pressiona por Alvarez

Impasse sobre nome faz sigla adiar definição em Santo André

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
28/02/2012 | 00:42
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O Psol definiu em reunião do diretório que lançará candidatura própria em Santo André. Um detalhe, nada superficial, porém, ainda resta consolidar: o nome do pleiteante. Apesar da pressão das executivas estadual e municipal em cima do ex-vereador e ex-prefeiturável Ricardo Alvarez, quadro mais expoente no reduto local, o socialista reitera que não tem interesse em entrar no páreo. Por conta do impasse, a data limite para bater o martelo em torno foi marcada para dia 26.

Mesmo diante da incerteza, o presidente municipal da sigla, Marcelo Reina, garante que o voo solo se dará com "absoluta certeza" em outubro. "Teremos candidato, independentemente de nomes. Estamos, inclusive, discutindo plano de governo, paralelamente a quem encabeçará a chapa."

Embora ciente da postura do correligionário, Reina sustenta que Alvarez seria a melhor alternativa. "Não é carta fora do baralho. Ele é adequado para levar com capacidade nossa ideologia", disse, acrescentando que ele próprio, como dirigente, tem "automaticamente o nome cogitado".

Quem chegou a ser aventado para disputar a corrida eleitoral pelo Psol foi Bruno Daniel, irmão do prefeito Celso Daniel (morto em 2002), só que a opção já está descartada por opção do socialista, que não planeja vôos a prefeito nem a vereador.

Alvarez argumenta que não se colocou à disposição para ser candidato ao Paço por ser contrário a "bater sempre na mesma tecla". Após assumir dois mandatos na Câmara (1997 a 2000 e 2001 a 2004), ambos pelo PT - legenda pela qual militou por 20 anos até 2005 -, e disputar o Executivo em 2008 e a Câmara Federal em 2010, sem sucesso, o socialista avalia que o Psol necessita formar novos quadros para oxigenar as fileiras do partido. "Não significa que, no futuro, me esquive de pleitear. Vou aguardar outro momento. O rodízio é salutar. Vou resistir bravamente."

O ex-vereador obteve 2% dos votos na última eleição municipal, resultado que se fosse transferido à órbita petista - pela concepção de esquerda -, poderia dar a vitória a Vanderlei Siraque no primeiro turno. O deputado federal do PT conquistou 48% do eleitorado na primeira etapa, mas acabou derrotado no segundo turno contra Aidan Ravin (PTB).

Reina considera que a proximidade ideológica faz com que o Psol abra negociação inicial apenas com PSTU e PCB.

Em congresso nacional, o partido firmou a possibilidade de fechar com ambos. "Excluímos qualquer coligação sem essa convergência de idéias." Ele assegura que está descartada a hipótese de aliança com PT, PDT, PTB, PMDB e PSDB, siglas que lançaram pré-candidaturas em Santo André. 

PT abre discussão para indicação do vice 

O PT de Santo André abriu discussão para a indicação do vice na chapa ao Paço que será encabeçada pelo deputado estadual Carlos Grana. Em reunião no diretório local, o partido definiu a convenção municipal para o dia 22 de abril e reiterou o interesse em dar espaço aos aliados na composição com o petista, mas ala do partido defende chapa ‘puro sangue', assim como ocorreu em todas as eleições vitoriosas da legenda na cidade.

Na condição de chapa pura, não descartada, os nomes do ex-prefeito João Avamileno e do secretário de Desenvolvimento Econômico na gestão Celso Daniel, Fábio Piagentini, são cotados. Segundo o presidente do diretório local, Luiz Turco, a questão do vice será sacramentada "só lá na frente". "Formaremos primeiro um arco de alianças, ouvir a militância e, mais adiante, convergir sobre o posto, sem atropelo. Temos até 30 de junho para consolidar a situação."

O vereador Tiago Nogueira avalia que, diante do "cenário eleitoral difícil", o partido necessita realizar composição com parceiros de outras legendas. "Acredito que é pouco provável chapa pura. Precisa de alguém que agregue eleitoralmente para fora do PT", diz, considerando que pela primeira vez a sigla enfrenta na cidade um prefeito partindo para a reeleição.

Mesmo com algumas resistências, para o parlamentar a abertura da chapa não divide o PT. PSB, PV, PMDB e PR são cogitados. Petistas declaram que o perfil de empresário seria o ideal na composição.

A legenda fará encontro dia 9 no intuito de firmar planejamento estratégico para iniciar série de ações para massificar o nome de Grana.




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