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Disparada de matéria-prima pode afetar setor
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
09/07/2007 | 07:04
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Uma nova disparada dos preços das matérias-primas (petróleo e nafta petroquímica) do setor nos últimos meses levantou uma ponta de preocupação em relação à atividade no País. Isso porque, depois de um ano de margens de lucro apertadas, as indústrias do Pólo de Capuava iniciaram em 2007 um processo de recuperação dos resultados.

Para a Standard & Poor’s, os insumos em alta vão continuar a restringir a competitividade das empresas latino-americanas dessa atividade. “Com a elevação de custos, a tendência geral é de margens mais estreitas”, afirma o analista da agência de avaliação de risco de crédito, Reginaldo Takara.

Takara ressalta, no entanto, que se a cotação sobe (em dólares), o câmbio apreciado é um fator positivo para a aquisição de insumos importados, embora haja perda de rentabilidade nas exportações.

Por sua vez, outros analistas avaliam que não há porque ter receios em relação ao aumento da matéria-prima. Otávio Carvalho, diretor da consultoria Maxiquim, avalia que embora a nafta (principal insumo do setor) tenha acompanhado a disparada do petróleo, o pior já passou.

O derivado petrolífero tradicionalmente equivale a nove vezes o valor do barril do petróleo (que está atualmente na casa dos US$ 70).Em junho, o item chegou ao recorde de US$ 708 a tonelada e neste mês caiu para US$ 670. “Ainda temos gordura para queimar (teria de girar em US$ 630), a tendência é de acomodação”, avalia.



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