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‘Faço muito em arrumar o gramado’, diz Nairo
Analy Cristofani
Do Diário do Grande ABC
01/12/2007 | 07:03
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“Faço muito em arrumar o gramado porque não tenho obrigação nenhuma disso.” Foi assim que o presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza, rebateu as declarações de que, se o clube utiliza exclusivamente o estádio Anacleto Campanella, deveria ter responsabilidade sobre ele.

A opinião do dirigente surge um dia após a notícia de que a Câmara Municipal solicitou a interdição do estádio devido às más condições.

Mas Nairo não admite ter de custear as obras no local. “O vereador está mal-informado. Só teríamos a responsabilidade se fosse comodato, o que não é o caso. Gasto R$ 10 mil por mês e se existir qualquer tipo de cobrança, simplesmente vou jogar no Pacaembu”, disse.

O vereador Jorge Salgado (PTB) entende que as declarações do presidente Nairo Ferreira de Souza e a posição da diretoria de Obras da cidade, quando dizem que o Anacleto Campanella não precisa de interdição e que apenas uma reforma resolveria o problema antes do Paulistão, em janeiro, são, no mínimo, contraditórias. Salgado conseguiu votação por unanimidade na Câmara para que a interdição aconteça.

“Ele (Nairo) mesmo fala que há vazamento nos vestiários e, se há vazamento, é porque existe infiltração. Ninguém pode negar que ali tem perigo iminente. As cabines de imprensa, que mudarão para a arquibancada coberta, estão com as obras paradas há quatro meses. Tem madeira, pau, tudo jogado ali, e o espaço fechado com fitas. Tudo por causa da infiltração. O risco está sendo encoberto”, disse.

Para Salgado, vale lembrar que o São Caetano, como empresa, utiliza aquele espaço e deveria se responsabilizar pela sua manutenção. “O uso do local é exclusivo da AD São Caetano e isso é notório e indiscutível. Eles têm o bônus, mas não querem o ônus e o Nairo não vai querer chamar a responsabilidade para ele”, afirmou.

O presidente retruca: “O São Caetano não é clube-empresa; apenas o futebol por uma exigência da Lei Pelé”. Assim, o dirigente entende que a responsabilidade do Campanella é da Prefeitura. “É assim em Santo André, onde o clube que representa a cidade se utiliza do Bruno Daniel sem pagar nada.”

Responsabilidade - Segundo o vereador, alguém terá de se responsabilizar por qualquer acidente no estádio. “Queremos saber qual laudo foi apresentado à Federação Paulista de Futebol porque é impossível que o Corpo de Bombeiros tenha dado condições ao estádio. Estamos alertando as autoridades”, conclui.

Prefeitura - Salgado diz, ainda, que a assessoria de imprensa da Prefeitura não deveria responder sobre o assunto, como aconteceu na reportagem de sexta-feira. “Não adianta ouvir respostas de quem não participa. Quem tem condições de falar é a engenheira Maria de Lourdes.”

Maria de Lourdes, diretora de Urbanismo, Obras e Habitação de São Caetano, foi mais uma vez procurada pela reportagem do Diário, mas não respondeu às ligações.



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