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Buraco na camada de ozônio cresce e ameaça o Brasil
Por Do Diário do Grande ABC
01/01/1999 | 18:29
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O tamanho do buraco na camada de ozônio registrado na Antártida em 1998 é o mais alto desde quando se começou a estudar o fenômeno e se estendeu quase um mês mais que no ano anterior, informou esta sexta-feira o Serviço Nacional de Meteorologia da Argentina. O órgao estatal anunciou que o período anual durante a qual se manifesta o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida terminou na semana passada e constituiu ``o mais longo e mais intenso registro até hoje' e que começa ameaçar o sul do Brasil.

``A área coberta por valores baixos de ozônio, que tem sido maior que dez milhoes de quilômetros quadrados, por mais de cem dias consecutivos, superou a que foi registrada na estaçao em 1996'.

O Serviço de Meteorologia da Argentina calcula que ``a média de ozônio durante os meses de setembro, outubro e novembro representou uma diminuiçao próxima dos 40%, em relaçao às médias anteriores a 1976', ano considerado base na mediçao do fenômeno de reduçao do gás na atmosfera. Para piorar, no ano passado o buraco na camada de ozônio começou a se manifestar 15 dias antes do período habitual e durou entre duas e três semanas mais.

O buraco na camada de ozônio começa geralmente a se manifestar sobre o continente antártico no começo da primavera austral e costuma terminar nos primeiros dias de dezembro, segundo a tendência observada pelos cientistas nos últimos 20 anos. Os especialistas analisam a diminuiçao da concentraçao de ozônio na área atmosférica que, sobre a Antártida, alcança níveis extremamente baixos.

``O prolongamento e o agravamento do fenômeno pode causar o aumento das radiaçoes ultravioleta até no sul do Brasil', afirmou o diretor do Departamento de Ciências da Atmosfera da Universidade federal de Buenos Aires, Pablo Canziani. O aumento da radiaçao ultravioleta sobre a superficie terrestre provoca queimaduras nocivas para os seres vivos, câncer de pele e enfermidades oculares no ser humano, advertem os especialistas.




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