Três anos após o prometido, a Prefeitura de São Bernardo inaugura, hoje, creche no Jardim Silvina. O equipamento público beneficiará 281 crianças com idade entre zero e 3 anos, faixa etária que representa gargalo na Educação – a cidade tem fila de espera de 4.300 vagas. A unidade custou R$ 5,9 milhões aos cofres municipais.

A unidade do Jardim Silvina integra pacote de creches anunciado em 2012 e com previsão de 12 meses para conclusão. No entanto, a administração rescindiu contrato com a empreiteira Impacto Gouvêa, que abandonou os serviços, em fevereiro de 2014. A Prefeitura aplicou a primeira multa à empresa, no valor de R$ 1,6 milhão. O projeto ainda sequer havia sido executado e a construtora recebeu R$ 784,5 mil, segundo dados do Portal da Transparência em 2012. A quantia se refere ao serviço executado (como princípio de terraplenagem) e, portanto, não haverá ressarcimento aos cofres públicos.

Novas licitações precisaram ser realizadas ainda em 2014 e a promessa era de que os trabalhos fossem concluídos em meados de 2015, o que não ocorreu. Novo prazo foi estimado e descumprido: janeiro de 2016.

A creche, localizada na Avenida Padre Léo Commissari, 550, no Jardim Silvina. terá 15 salas de aula em área construída de mais de 2.300 metros quadrados. Além disso, o empreendimento terá pátio coberto, biblioteca, espaço multiuso, berçário, lactário, refeitório e cozinha.

OUTRAS UNIDADES

A expectativa da administração do prefeito Luiz Marinho (PT) é entregar outras sete creches até o fim do ano: nos bairros Ferrazópolis 1 e 2, Farina, Represa, Parque São Bernardo, Riacho Grande e Nazaré. Juntas, as unidades somam mais 2.694 vagas na Educação Infantil.

CEU SILVINA

Em março, a administração inaugurou, com cinco anos de atraso, o CEU Silvina. O equipamento oferece atividades educacionais a 1.292 alunos com idade entre 6 meses e 10 anos.

A cidade conta com outros dois CEUs: Três Marias, no bairro Cooperativa, aberto em agosto de 2012 por R$ 26,8 milhões, e o CEU Parque Havaí, inaugurado em setembro de 2014, com três anos de atraso e custo de R$ 7,8 milhões, 23% a mais que o previsto, todos exclusivos ao uso educacional.