O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, mantém o controle sobre seu partido, o Likud, mesmo após a legenda ter aprovado uma resolução contrária à criação de um estado palestino. A votação, ocorrida no domingo, representou uma derrota de Sharon dentro do partido, já que ele era contra a medida. O ex-premiê Benjamin Netanyahu, arqui-rival de Sharon e aspirante a retornar ao cargo, conseguiu 60% dos votos contra a criação de um estado palestino.

No entanto, segundo pesquisa publicada pelo jornal Yedioth Ahronoth nesta terça-feira, Sharon teria 55% dos votos, contra 35% de Netanyahu, caso as eleições internas fossem hoje. Entre os 501 militantes do partido entrevistados, 64% apóiam a frustrada estratégia de Sharon de adiar a votação.

A resolução traz problemas para Sharon nas negociações internacionais para um acordo de paz na região. Nesta segunda, o premiê telefonou ao secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, e disse que continua disposto a iniciar uma longa negociação que resultará na criação de um Estado palestino.