Muitos jogadores da seleção do Iraque, que chegaram na sexta-feira a Bagdá para celebrar a conquista da Copa da Ásia, pretendem deixar o país rapidamente. Apenas cinco atletas permanecerão no país, dois deles em Erbil, cidade da região autônoma do Curdistão, onde assinarão contratos, informou Tariq Ahmed, da Federação Iraquiana de Futebol.

Os outros voltarão para a Jordânia, Síria e outros países, como o Irã, para jogar em clubes destes países. Sete jogadores, incluindo o capitão Yunes Mahmud, nem voltaram a Bagdá, oficialmente porque tinham contratos esportivos e publicitários a assinar. O técnico da equipe, o brasileiro Jorvan Vieira, também não voltou ao país.

O restante da equipe foi recebido pelas autoridades iraquianas na ultraprotegida Zona Verde de Bagdá. O primeiro-ministro, Nuri al-Maliki, prometeu passaportes diplomáticos aos jogadores para facilitar os deslocamentos.

Os atletas dedicaram a vitória ao povo iraquiano, vítima de uma extrema violência diária, e em particular à mãe de um menino que faleceu em um atentado em Bagdá no momento em que uma multidão celebrava o triunfo na final da Copa da Ásia.

O Iraque conquistou o título ao vencer a Arábia Saudita por 1 a 0 no dia 29 de julho em Jacarta.