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Fim de semana tem 5 afogamentos
Fabio Leite
Especial para o Diário
24/01/2006 | 08:25
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Mais um afogamento ocorrido neste domingo na prainha do Riacho Grande, em São Bernardo, o segundo no distrito, elevou para cinco o número de mortes registradas nos braços do Grande ABC da represa Billings no último fim de semana. O corpo do ajudante Cleriston Torres Queiroz, 21 anos, foi o 11º a ser encontrado submerso desde o começo do ano no reservatório, segundo o 8º GB (Grupamento de Bombeiros). No domingo, o dia mais quente do verão – 34,1 graus – cerca de 7 mil banhistas superlotaram a prainha, de acordo com estimativa da Guarda Civil Municipal.

Segundo o pai de Cleriston, João Machado Queiroz, o rapaz, que morava na Vila São Pedro, em São Bernardo, havia saído de bicicleta junto com um vizinho para se refrescar na prainha do Riacho Grande. “Mais tarde, meu vizinho chegou apavorado perguntando se meu filho já tinha voltado para a casa. Eu disse que não”, contou. Ao retornarem ao local à procura do rapaz, os dois avistaram o corpo de Cleriston estirado à margem da represa e coberto com saco plástico. “Ele já estava morto”, completou.

De acordo com Queiroz, o vizinho foi o primeiro a ir para a água, enquanto o rapaz tomava conta da bicicleta e dos documentos dele. Depois a situação se inverteu. Segundo relato do vizinho a Queiroz, Cleriston sumiu de vista dentro da água no meio de tanta gente por volta das 16h. O amigo teria procurado pelo rapaz e avisado aos bombeiros que trabalhavam no local. De acordo com a mãe, a vítima não sabia nadar. No fim de semana anterior, o Corpo de Bombeiros já havia contabilizado outras três mortes por afogamento.

Reunião – Durante a tarde desta segunda, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Guarda Civil Municipal, Subprefeitura de Riacho Grande e Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo se reuniram para apresentar propostas que visem evitar as mortes por afogamento na região. No encontro, o Corpo de Bombeiros informou que intensificará a fiscalização com botes, jetski e barcos com cinco soldados. A Associação da Prainha manterá seus cinco agentes e a GCM e a PM irão aumentar o efetivo no local.

Também ficou acertada a ampliação das sinalizações alertando para os perigos de afogamento com a colocação de bóias, placas e distribuição de panfletos. A Prefeitura afirmou ainda que irá propor legislação para regulamentar e orientar a entrada de ônibus e vans de excursões, mas não entrou em detalhes.




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