Ex-secretária da Educação de Ribeirão Pires e pré-candidata ao Paço, Rosi de Marco (PSDB) teve suas contas rejeitadas pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) na candidatura a deputada federal, em 2014. Então integrante do PV, Rosi renunciou antes que a corrida eleitoral avançasse, conforme ela, por motivos pessoais.

Segundo a tucana, o parecer se deve ao fato de ela não ter aberto nenhuma conta-corrente à campanha. “À época, como eu me desinteressei pela candidatura, me retirei. O que aconteceu foi que eu tinha prazo para abrir conta, mas eu já estava entrando com a renúncia, então simplesmente não abri. Nem questionei ou me preocupei. E quando eu tive de prestar contas, eu prestei. Quando tive de justificar (ao TRE-SP), meus advogados consultaram e viram que poderiam ser rejeitadas.”

Apesar da renúncia, informar a movimentação monetária de campanha ao TRE-SP é sempre necessária, de acordo com o advogado especialista em Direito Eleitoral Leandro Petrin. “Ainda que ela tenha desistido, a candidata é obrigada a prestar contas. O fato de elas terem sido desaprovadas, por si só, não gera nenhum efeito prático. Serão remetidas cópias do processo para o Ministério Público para que ele possa entrar com ação de uso indevido de recurso na eleição ou não porque, às vezes, as contas são desaprovadas apenas por erros administrativos.”

Questionada sobre a possibilidade de ação do MP, Rosi afirmou estar tranquila. “Não dá inelegibilidade. Pode ser usado pelos adversários, mas não impede nada. Não é como em 2012, quando eu fui vice do Dedé e ele teve problema de ficha suja”, disse, relembrando a eleição em que o candidato Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), teve candidatura indeferida pelo TSE (Tribunal Superior de Eleitoral).