A pouco meses de formalizar seu projeto visando à reeleição, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), passou a cogitar a união política com o PSDB no processo eleitoral sem a presença do presidente da Câmara, José Dourado (PSDB), para a vaga de vice na chapa. O chefe do Executivo teria debatido com seus interlocutores políticos que a atuação de Dourado precisa ser mantida na Câmara. Na justificativa, apontou que sua presença no Legislativo é fundamental na defesa do governo.

Para o prefeito, o posto de vice pode ser oferecido ao PSDB, mas o representante seria a ex-vereadora e ex-prefeiturável Maridite Cristóvão de Oliveira ou o secretário municipal de Saúde, o ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos, que, segundo ele, teriam melhor recall eleitoral nas ruas.
Na região, Diadema tende a ser a única cidade onde o tucanato abrirá mão de concorrer ao Paço. A decisão partiu depois de selar apoio a Lauro, reivindicando o posto de número dois. O acordo foi fechado entre o verde e a cúpula tucana no Estado, em agosto do ano passado. A partir dali, o PSDB local passou a trabalhar os nomes de Zé Dourado, Maridite e Zé Augusto na indicação a Lauro.

O Diário apurou que Lauro ainda espera por conversa definitiva com os tucanos para definir detalhes da aliança. No diretório municipal, Zé Dourado goza de maior popularidade para ganhar a indicação. Vereador em quinto mandato e três vezes presidente municipal da sigla, o chefe do Legislativo detém a maioria da preferência entre os filiados.

No mês passado, ele manifestou publicamente sua vontade em conseguir a indicação, argumentando já ter dado sua contribuição na Câmara. Paralelamente, prepara seu filho, Fagner Nego Dourado (PSDB), para projeto no Legislativo.