Os sete municípios elegeram, no domingo, os 75 conselheiros tutelares que atuarão no período de 2016 a 2019. Destes, pelo menos 15 foram reeleitos ao cargo, cuja responsabilidade é zelar pelo cumprimento dos direitos das crianças e jovens, em especial aqueles que estão em situação de vulnerabilidade social. A posse está prevista para o dia 10 de janeiro de 2016.

Embora recebam salário que varia de R$ 2.500 em São Caetano, R$ 2.600 em Mauá, R$ 3.300 em Diadema e R$ 3.400 em Santo André, por exemplo, os eleitos alegam que é a importância do trabalho para a sociedade que os motiva. “É como se a gente fosse advogado das crianças e dos adolescentes. É muito satisfatório ajudá-los a ter acesso a serviços como escola, transporte, Saúde”, destaca a conselheira eleita para seu segundo mandato em Mauá Givaneide Gomes da Silva.

Para a conselheira Maria do Socorro da Luz, eleita para atuar na região da Vila Luzita, em Santo André, é necessário que a comunidade conheça a importância do trabalho do Conselho Tutelar e não tenha medo do órgão. “A população muitas vezes não nos procura porque acha que vamos tirar o filho e colocar em abrigo. É importante esclarecer que estamos à disposição para encontrar meios de fazer valer seus direitos.”

Já o conselheiro Rinaldo Reis, que não foi reeleito e terá seu mandato encerrado em janeiro em Diadema, chama atenção para a necessidade de infraestrutura para o funcionamento adequado dos órgãos. “As condições são péssimas. Uma das sedes fica em uma sala alugada sem janela e passei um ano sem computador”, reclama.

Em Santo André, quatro dos 15 conselheiros, divididos em três unidades, foram reeleitos, número igual ao observado em São Bernardo. Já em São Caetano, são cinco profissionais, sendo que dois deles permanecerão no cargo. Diadema ampliou a quantidade de conselheiro de dez para 15, sendo três reeleitos. Mauá tem 15 profissionais, enquanto Ribeirão Pires (dois reeleitos) e Rio Grande da Serra têm cinco cada.

Os eleitos passarão agora por processo de capacitação e período de interação com os profissionais que deixarão o cargo em janeiro. A ideia é se apropriar da situação das famílias que estão sendo atendidas e quais são as áreas de vulnerabilidade no município.